Pequena no tamanho, mas com produtos de alto valor agregado, a Cajuru Alimentos, dona da marca Gold Meat de carnes temperadas, despertou o interesse das gigantes do setor de proteína animal. Com sede em Cajuru (SP) e dona de outras quatro marcas de carnes, a empresa familiar está em negociações adiantadas com três companhias do setor para, provavelmente, ser incorporada, revelou o diretor industrial Paulo Eduardo Cândido.
Pequena no tamanho, mas com produtos de alto valor agregado, a Cajuru Alimentos, dona da marca Gold Meat de carnes temperadas, despertou o interesse das gigantes do setor de proteína animal. Com sede em Cajuru (SP) e dona de outras quatro marcas de carnes, a empresa familiar está em negociações adiantadas com três companhias do setor para, provavelmente, ser incorporada, revelou o diretor industrial Paulo Eduardo Cândido.
“Algumas coisas estão bem adiantadas, mas nada ainda concreto. Alguns desses frigoríficos têm a intenção de entrar no mercado que é mais prestador de serviço e acredito que o plano de todos é agregar valor e não mais fazer grandes aquisições para mostrar aos acionistas”, disse Cândido, que não revelou os nomes dos interessados. Mas comenta-se que representantes da empresa mantiveram conversas recentes com o JBS, maior empresa de proteínas no planeta.
O executivo admite que nas negociações, iniciadas há mais de seis meses, foi procurado por todas as empresas de carne. Citou, além do JBS, Mafrig e Minerva e até mesmo Independência e Arantes, que enfrentam processos de recuperação judicial.
Cândido revelou ainda que a intenção, se o negócio for finalizado, é de a família seguir como acionista da Cajuru Alimentos. A tecnologia de vender carnes processadas e temperadas in natura para a qual os olhos dos gigantes estão voltados gera uma linha de 65 itens da Gold Meat. “Somos diferenciados, porque nosso produto não é carne e sim uma marca com valor agregado, com praticidade ao consumidor”, explicou o diretor industrial da companhia.
As informações são do Jornal do Comércio/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Do ponto de vista empresarial, mais uma vez assistimos ao correto posicionamento no mercado por parte da indústria frigorífica, a qual deixa de atuar somente no processamento e, também, passa a operar no mercado varejista. Avaliando apenas a pecuária do Rio Grande do Sul, já que não temos como competir em escala com os demais estados do centro-oeste, este posicionamente dos grandes frigoríficos deveria servir de exemplo a ser seguido por nossos pecuaristas. Isto significa em criar associações ou cooperativas afim de atuarem desde a produção até a comercialização com marca própria em nichos de mercado existentes em vários estados do Brasil, pois os estabelecimentos deste nicho desejam uma carne diferenciada de gado criado à campo e que praticamente só o RS posssui.