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Governo argentino anuncia mudanças na Cota Hilton

Representantes das entidades rurais da Argentina voltam hoje à Casa Rosada, depois de quase um ano, convocados pelo governo para assistir ao anúncio que a presidente Cristina Kirchner fará sobre mudanças nos critérios de participação dos frigoríficos na Cota Hilton, pela qual determinado volume de cortes nobres de carne bovina pode ser exportado para a União Europeia livre de impostos.

Representantes das entidades rurais da Argentina voltam hoje à Casa Rosada, depois de quase um ano, convocados pelo governo para assistir ao anúncio que a presidente Cristina Kirchner fará sobre mudanças nos critérios de participação dos frigoríficos na Cota Hilton, pela qual determinado volume de cortes nobres de carne bovina pode ser exportado para a União Europeia livre de impostos.

O convite faz parte da estratégia oficial de se mostrar aberto ao diálogo com os setores político, social e econômico do país. Considerados pelos kirchneristas como os piores inimigos do governo, os ruralistas opinam que a abertura é positiva, mas repetem o ditado popular local: “quem se queimou com leite, quando vê a vaca, chora”, numa alusão à que a promessa de diálogo por parte do governo já foi feita várias vezes, mas nunca chegou a ser cumprida.

Até o momento, os líderes não foram convidados para uma rodada de negociação. Por isso, na solenidade de hoje vão mandar representantes. “Esperamos que nos chamem para discutir soluções para os problemas do setor e de todos os argentinos”, disse o presidente da Federação Agrária, Eduardo Buzzi. Ele explica que as entidades já se sentaram à mesa de negociações dezenas de vezes e nenhuma medida proposta pelo setor agropecuário foi aceita ou colocada em prática.

O anúncio está marcado para as 18 horas e é a primeira vez que a presidente assume essa tarefa relacionada com a Cota Hilton. Segundo informações apuradas com fontes do setor e da Secretaria de Agricultura, o governo vai divulgar os novos critérios de divisão das 28 mil de toneladas de carne de alta qualidade, avaliada em US$ 330 milhões anuais, que são exportadas para a Europa.

Entre os frigoríficos, não há expectativa de que a essência da divisão da cota será mudada, já que isso provocaria uma chuva de protestos e até de processos contra o Governo. Porém, há boatos de que o atual secretário, Carlos Cheppi, estaria com um pé fora do governo porque teria se negado a assinar o novo decreto de divisão da Cota Hilton, justamente porque correria o risco de sofrer ações na Justiça. Esses mesmos boatos afirmam que o governo concederia maior cota aos frigoríficos que o apoiaram durante o conflito com o setor agropecuário e colocaram carne mais barata no mercado local. Alguns frigoríficos exportadores não foram convocados para a solenidade desta tarde, enquanto que outros que não exportam carne estão convidados. Essa situação fomenta a usina de boatos.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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