Mesmo sem a concorrência do Brasil na União Européia (UE), os pecuaristas argentinos não terão como ganhar espaço. Tudo porque o governo argentino informou ao setor frigorífico que as exportações de carne devem se limitar a 24 mil toneladas, 60% do que é exportado hoje.
Mesmo sem a concorrência do Brasil na União Européia (UE), os pecuaristas argentinos não terão como ganhar espaço. Tudo porque o governo argentino informou ao setor frigorífico que as exportações de carne devem se limitar a 24 mil toneladas, 60% do que é exportado hoje.
A medida, que deve vigorar em março e abril, visa frear a alta no preço da carne no mercado interno, que subiu ao menos 10% neste ano pela falta do produto.
Em março de 2006, o governo do ex-presidente Néstor Kirchner impediu o embarque de carne bovina por três meses e, desde então, as exportações não foram totalmente liberadas. Hoje, os frigoríficos podem exportar um limite de 40 mil toneladas mensais.
“Com uma política primitiva como essa, a Argentina agora não fica atrás apenas do Brasil, mas também do Uruguai, entre os exportadores de carne”, disse o economista-chefe da Fundação de Investigações Econômicas Latino-Americanas, Juan Luis Bour, em reportagem de Adriana Küchler, da Folha de S.Paulo.