A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não negociará com o setor agropecuário, mesmo após os protestos ocorridos nos últimos dias. Ela afirmou ontem (27) que só negociará quando as quatro associações suspenderem a greve que já dura 16 dias. "Levantem a paralisação, e aí poderemos dialogar".
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não negociará com o setor agropecuário, mesmo após os protestos ocorridos nos últimos dias. Ela afirmou ontem (27) que só negociará quando as quatro associações suspenderem a greve que já dura 16 dias. “Levantem a paralisação, e aí poderemos dialogar”.
Os produtores exigem a suspensão dos aumentos sobre as retenções para as exportações de produtos agrícolas. Segundo eles, com a alta de impostos (os tributos sobre a soja subiram de 25% em janeiro de 2007 para atuais 45%), o setor agrícola perdeu toda a lucratividade.
Durante ato organizado por seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, no centro de convenções Parque Norte, a presidente disse em tom categórico: “Suspendam essas medidas (a greve e os piquetes nas estradas, que impedem o transporte de alimentos) que aplicam contra o povo”.
O anúncio acabou com a possibilidade de trégua de 48 a 72 horas, caso Cristina desse sinais de abertura ao diálogo. Enquanto isso, o número de pessoas que aderem aos piquetes dos produtores no interior do país, para impedir o trânsito de caminhões com produtos agrícolas, só cresce. O desabastecimento alastra-se e está deixando os argentinos sem grande parte dos alimentos. Até o fim desta semana o país ficará sem leite e carne, que já desapareceram das gôndolas.
As informações são de Ariel Palácios, do jornal O Estado de S.Paulo.