Fechamento 12:06 – 20/02/02
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22 de fevereiro de 2002

Governo brasileiro exige testes para detectar a doença da vaca louca

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura resolveu aumentar o controle das doenças caracterizadas por distúrbios nervosos nos animais, as chamadas encefalopatias espongiformes transmissíveis em ruminantes (EETs). Entre essas doenças estão o mal da vaca louca, a raiva e a scrapie, que atinge as ovelhas.

Conforme a instrução normativa número 18, do dia 15 deste mês, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira, os bovinos abatidos em frigoríficos com inspeção oficial terão de ser submetidos a testes laboratoriais, por meio de coleta de material. A vigilância para detectar EETs em bovinos será realizada em animais com idade superior a 30 meses e que sejam oriundos de exploração leiteira ou de sistemas intensivos ou semi-intensivos de criação para corte.

Todos os bovinos, ovinos e caprinos destinados ao abate de emergência também serão submetidos a testes. No caso de ovinos e caprinos, a coleta do material será realizada em animais com idade superior a 12 meses.

O envio do material coletado será efetuado pelas delegacias federais do Ministério da Agricultura dos Estados aos laboratórios credenciados pelo Ministério. A instrução normativa determina ainda que as medidas de vigilância epidemiológica sejam intensificadas, com coleta de material nos bovinos, ovinos e caprinos que apresentem sinais clínicos de distúrbios nervosos ou alterações comportamentais de evolução subaguda, em período igual ou superior a 15 dias.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Luiz Carlos de Oliveira, disse na terça-feira que a medida, além de aumentar a vigilância sobre esse tipo de doença, tem como objetivo enquadrar as normas brasileiras às regras internacionais ditadas pelo Escritório Internacional de Epizootias (OIE), instituição que delibera mundialmente sobre as questões de sanidade animal.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Gabriel Arrabal Gil disse:

    Acredito, que só ações como esta não são suficientes para resguardarmos de problemas como a encefalopatias espongiformes (doença da vaca louca), uma vez que possuimos uma “gama” de produtos veterinários disponíveis em farmácias veterinárias e que possuem em sua composição produtos de origem animal e que, porventura, sem que tenhamos conciência da verdadeira ação de tais produtos, possamos (em um todo) introduzir esta e/ou qualquer outra doença de ordem nervosa.