O governo Paraná cogita abater o gado confinado na fazenda Cachoeira, no norte do estado, para acabar o impasse com o Ministério da Agricultura sobre se há ou não um foco de febre aftosa no rebanho paranaense.
O governo do Paraná e pecuaristas não reconhecem o foco de aftosa. Chegaram a ameaçar o ministro Roberto Rodrigues e o Ministério da Agricultura de processo pelo anúncio e se recusavam, até o momento, a realizar a limpeza sanitária necessária para eliminar a possível presença do vírus na fazenda.
A hipótese de sacrificar os 2.212 animais na fazenda, que fica em São Sebastião da Amoreira, foi confirmada pelo secretário da Agricultura, vice-governador Orlando Pessuti.
“O governador Roberto Requião (PMDB) já disse que o estado poderá adotar uma medida prática, que pode ser o sacrifício dos animais, se isso fizer com que nossa agropecuária pare de sofrer as conseqüências da confirmação do foco”, disse Pessuti.
O abate imediato passou a ser defendido pela Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e pela Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), por produtores de leite e por sindicatos da indústria da carne e de criadores de frango e suíno no estado. Esse setores vêm tendo prejuízos com o impasse.
Já o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Edson Mene Ruiz, disse que o prejuízo moral do reconhecimento da doença pelo estado é maior que o econômico. Ele é contra o abate.
Fonte: Folha de S.Paulo (por Mari Tortato), adaptado por Equipe BeefPoint