O conhecimento e o saber
14 de setembro de 2001
Chile lança campanha para exportar carne bovina
18 de setembro de 2001

Governo do RS pede retorno das Forças Armadas à região da fronteira

O secretário da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, enviou na semana passada, dia 12, um ofício ao ministro da Defesa, Geraldo Magela Quintão, pedindo o retorno das Forças Armadas à região da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina. O objetivo do Estado é poder contar novamente com o auxílio das tropas federais na operação de controle da febre aftosa, já que a situação sanitária dos países vizinhos ainda oferece riscos à sanidade do rebanho gaúcho. Cópia do ofício também foi enviada ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Moraes.

As Forças Armadas foram retiradas da fronteira com o Uruguai há aproximadamente dois meses. Já o patrulhamento junto à Argentina deixou a região recentemente. Enquanto isso, o governo do Estado permanece com as equipes de vigilância nas regiões mencionadas desde o início de janeiro. No total, cerca de 170 servidores estaduais trabalham na operação. Destes, mais de 90 são soldados da Brigada Militar.

No ofício enviado aos ministros, Hoffmann justifica, por vários motivos, que a presença do Exército se faz necessária na vigilância da fronteira. A primeira razão é que os dois países ainda registram focos ativos de febre aftosa; a Argentina, por sua vez, não realizou a vacinação dos animais em grande parte das áreas próximas ao Brasil; além disso, a difícil situação econômica vivida pelos argentinos resultou no aumento da busca, por parte dos vizinhos, de produtos e moeda brasileiros, o que tem provocado fluxo intenso de pessoas para o Brasil; outro motivo apontado no documento é o registro das constantes tentativas do ingresso clandestino de animais suscetíveis à febre aftosa procedentes dos dois países e o aumento das possibilidades de entrada de cavalos vindos do Uruguai e da Argentina devido às comemorações da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul.

Hoffmann ainda argumenta que há insegurança física dos servidores do Estado no exercício de suas atividades e que, enquanto o Exército é retirado da vigilância no território gaúcho, permanece auxiliando o governo de Santa Catarina nas barreiras sanitárias implementadas junto à divisa daquele Estado com o RS.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.