Diante da dificuldade enfrentada pelos frigoríficos brasileiros, o Senado começa a desenhar medidas de "salvamento" do setor. O governo decidiu ajudar os frigoríficos em e deverá liberar financiamento para capital de giro a pelo menos 18 empresas em situação mais delicada. Após análises dos cenários do agronegócio em 2009, em reunião entre o presidente Lula, ministros e bancos, ficou decido ajudar os frigoríficos para evitar o aprofundamento das dificuldades na cadeia produtiva, o que poderia colocar em risco pequenos produtores em todo o país e ameaçar o desempenho de um dos principais geradores de superávits comerciais.
Diante da dificuldade enfrentada pelos frigoríficos brasileiros, o Senado começa a desenhar medidas de “salvamento” do setor. O governo decidiu ajudar os frigoríficos em e deverá liberar financiamento para capital de giro a pelo menos 18 empresas em situação mais delicada.
Após análises dos cenários do agronegócio em 2009, em reunião entre o presidente Lula, ministros e bancos, no último dia 4 de março, ficou decido ajudar os frigoríficos para evitar o aprofundamento das dificuldades na cadeia produtiva, o que poderia colocar em risco pequenos produtores em todo o país e ameaçar o desempenho de um dos principais geradores de superávits comerciais.
Por isso, BNDES e Banco do Brasil entrariam em campo para reforçar o capital de giro das empresas. Uma linha de até R$ 1,2 bilhão ajudaria parte do segmento que enfrenta dificuldades de acesso a novos recursos, tem problemas de crédito para exportar ou contabilizou os prejuízos com excessiva exposição à variação do real ante o dólar sem a devida proteção – os chamados “ativos tóxicos”.
A ajuda também viria por meio de empréstimos para estocagem (EGF e LEC) da produção de carne em até R$ 20 milhões por empresa. Outra linha de crédito de R$ 2,5 bilhões prevê o repasse, com o compromisso de recompra, de parte das carteiras de recebíveis das agroindústrias – como Cédulas de Produto Rural (CPR) – em garantia das operações. As CPRs são emitidas pelos produtores rurais como forma de antecipar recursos necessários para a safra.
Ao mesmo tempo, o Tesouro Nacional passará a subsidiar os juros de empréstimos para capital de giro de agroindústrias. O benefício está incluído no projeto de conversão em lei da MP nº 445, aprovado na semana passada pelo Senado.
A ordem é proteger os pequenos pecuaristas e “integrados” produtores de carnes. O sinal de alerta no governo soou com os prejuízos da Sadia com derivativos e foi completado pelo pedido de recuperação judicial do frigorífico Independência.
Na reunião do Planalto, o presidente Lula pediu ao BNDES que estudasse a retomada de novo aporte de capital no Independência. A medida, que irrigaria o caixa da empresa em R$ 200 milhões, foi suspensa justamente pelo pedido de recuperação judicial. O frigorífico já havia recebido R$ 250 milhões em subscrição de ações. O BNDES tem entre 11% e 13% do capital do Independência.
O BNDES avalia ser difícil emprestar para empresas em recuperação judicial por falta de limites de crédito e garantias reais aos financiamentos. Mas o governo entende que o banco precisa entrar para “proteger” seu investimento no Independência. Por isso, novos créditos seriam necessários. O BNDES informou, por meio da assessoria, que “não tem essa informação” e que “desconhece o assunto”, mas não descartou eventual socorro. “Pode ser que chegue algo.”
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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O governo deve aproveitar este momento para exigir que os frigorificos arrumem a casa e tenham uma gestão profissionalizada como tambem implantar finalmente um sistema simples, transparente e funcional de classificação de carcaças obrigatorio em todo territorio nacional.
Agora que o Sr. Luiz Inacio Lula da Silva se pronunciou sobre a situação do Frigorífico Independência? Depois que muitos funcionários foram demitidos na matriz em Cajamar/SP? Depois que muitos pais de familia perderam seus empregos? Quantos mais terão que perder o emprego Sr. Luiz Inacio Lula da Silva?
Espero que o BNDES resolva logo, ajude essa grande empresa que passa por problemas finaceiros e de gestão.
E depois dessa possivel ajuda, espero que o Independência reavalie sua diretoria!
Força familia Independência
Ajuda para os frigoríficos tem, e o produtor? Ele se vira né? “Parabens Governo Federal”
É ver para crer!
Claro, não há como deixar de sentir um rasgo de esperança após a verdadeira avalanche de más notícias que vem debilitando nosso setor. Mas, correndo o risco de ser tachado de estraga-prazeres e de mais realista do que o rei, insisto: a crise, qualquer crise, tem sempre um importante papel depurador e renovador (economistas como eu costumam citar a “destruição criadora”, como a chamou o grande Joseph Schumpeter já lá se vão mais de 70 anos). Esta não deveria ser diferente, especialmente se o dinheiro público terá papel crítico para mitigá-la.
É fundamental que se selecione criteriosamente os candidatos a receptores de tais recursos; que se exija contrapartidas objetivamente mensuráveis e significativas (transparência financeira e fiscal, responsabilidade trabalhista, previdenciária, sanitária e ambiental, utilização dos recursos levando em conta também o interesse de fornecedores, colaboradores e demais credores, consolidação de grupos e fortalecimento do potencial exportador da cadeia como um todo); e que, aos empresários incapazes de corresponder às exigências, seja apontado o único caminho que faz sentido econômico para a sociedade como um todo, provedora em última instância dos recursos do socorro público: a saída da atividade, em benefício de todos os demais interessados, uma vez que sua insistência em viver como “zumbis” só serve para distorcer a competição saudável entre os demais.
Que dúvida que a pressão sobre o governo iria funcionar!
Então libera mais um mundo de dinheiro para poucos Frigoríficos, com a desculpa de estar “ajudando” a classe produtora. Apoio e política agrícola condizente com a realidade do País nem falam né?
Deixa pra lá, como sempre e como todos – deixa pra lá.
A ABRAFRIGO é frontalmente contrária a este pacote de ajuda aos grandes frigoríficos de bovinos. Erros de gestão foram cometidos na ânsia de crescer sem estratégias de longo prazo. Por que capitalizar o lucro e socializar o prejuízo? Por que colocar dinheiro público em empresas que deram o tiro errado? Está correto a sociedade pagar o preço por erros internos cometidos nestas empresas?
O desejável seria o Governo ajudar toda a cadeia produtiva, os produtores, as pequenas e médias empresas que respondem por 70% do abastecimento nacional, e não elitizar o crédito, injetando recursos que sabidamente não ajudarão a resolver o problema.
A solução para as empresas que pediram recuperação judicial deve se dar via mercado, através de suas próprias forças, de suas energias e de suas vocações para os negócios. Souberam crescer quando os ventos estavam a favor e devem saber se virar com os ventos contra. É a lógica do capitalismo de riscos. Deixemos que elas próprias saberão contornar suas dificuldades e/ou outros empreendedores saberão fazê-lo. E que procurem acertar suas contas com os pecuaristas, sob pena da desconfiança contaminar a todos e aí sim piorar consideravelmente o quadro geral.
Não temos riscos de desabastecimento, o mercado segue sua rotina. As exportações logo retomarão o seu curso. É apenas uma questão de tempo para as coisas se acomodarem.
E quanto aos produtores que deixaram de receber seus créditos, uma palavra: lutem por eles, se organizem via entidades, procurem seus direitos. É assim que é regido o mercado, quando se assumem riscos.
Por fim, um lembrete antigo: quiseram dar o passo maior que a perna e foram por elas atropeladas.
E agora como ficamos?
Isso significa que irão ser “premiados” os investimentos feitos de forma imprundente e irresponsável;
É muito fácil esse formato, faz -se uma gestão de péssima qualidade e nós contribuintes é que temos que pagar;
O Governo deveria ajudar, porém sugerir uma co-gestão, a maioria dos frigorificos fucionam com os famosos laranjas.
Antes de liberar os recursos as “tesourarias” desses incopetentes, seria de bom tamanho chamar os fornecedores, para, após verificar a veracidade dos créditos efetuar a liberação diretamente na conta dos mesmos, antes que eles peguem o dinheiro e façam investimentos em aviões, carros importados, investimentos em derivativos, e comprem empresas que não valem um vintém e repassem esse prejuizo aos fornecedores! e que essa grana acalme essa “marola!.
O que precisa ser feito, aproveitando este momento, é que criem leis mais rígidas para evitar que frigorificos mesmo sabendo que nao terão condições de honrarem seus compromissos com pecuaristas, caminhoneiros e postos de gasolina, etc continuem comprando bois e simplesmente depois de alguns dias param de comprar e de pagar deixando os pecuaristas a ver navios. Exemplo claro disso é o Frigorifico Independencia, o Quatro Marcos, a Arantes Alimentos (duas a tres veses) o Frigorifico Margem e tantos outros.
O Independencia a vinte e cinco dias antes de fechar já sabiamos que estavam em grande dificuldade mesmo assim continuou comprando e deixou os pecuaristas em dificuldades agora. Mas sabe por que eles fazem isso? É por que não existem leis severas para aqueles que não honrem seus compromissos neste pais. Você já viu algum empresario na cadeia por nao pagar seus fornecedores dando a eles calotes?
Agora o governo em vez de punir estes irresponsaveis ainda pensa em uma maneira de ajuda-los. O mau exemplo vai continuar. A impunidade vai continuar.
Aqui vai um recado para o governo; Proteja os pecuaristas, os funcionarios, os caminhoneiros que nao tinham acesso as imformações das dificuldades da empresa mas não tenha pena daqueles especuladores que emprestaram milhoes de dolares a uma empresa sem lastro e sem garantias reais de que essa empresa seria capaz de honrar seus compromissos, por que se não vai continuar esse desrespeito com todos. O que esta acontecendo com os frigorificos é o mesmo que aconteceu com os EUA, ou seja, a farra dos creditos faceis. É preciso urgentemente que os bens particulares dos diretores das empresas sejam passiveis de penhora em casos assim, pois com isto valendo eles vão ser mais criteriosos na hora de se endividarem.
O governo tem que acabar com esta farra frigorífica, so quebra a jurídica e a física continua rica, isto é uma vergonha!
A questão não e ser contra ou a favor da ajuda do Governo a Frigorificos, mas quanto os Frigorificos tem lucrado , aonde esta a margem liquida do negocio , ou sera mais uma jogada de um setor autamente organizado , para chantagear o governo e a sociedade para enriquecerem ainda mais, o Governo Fotaleçe os Frigorificos e eles vão ganhar mais poder de fogo , para esmagar o pecuarista … Vamos colocar a mão na conciensia moçada ……..
Boatos e mais boatos… É o que se houve por todos os lados. De concreto, nada! A certeza é uma só, os pecuaristas no Brasil estão refém dos frigoríficos e esta situação se perdurará por mais um longo e doloroso período.
A opinião pública de quem não conhece a cadeia produtiva do boi pode até ser contrária a ajuda do Governo Federal ao setor, mas o certo é quem quem conhece esta situação não tem nenhuma dúvida do quanto é necessária esta ajuda neste momento que vivemos, para possibilitar vários produtores sobreviverem na atividade.
Assim como o setor da industria automotiva recebeu incentivos e evitou demissões em massa, diminuindo a possibilidade a recessão no País, o setor produtivo de carne do nosso Brasil merece a mesma atenção.
Por um grande período, a agricultura e a pecuária foram os grandes responsáveis pelo saldo positivo da balança comercial, segurando a economia brasileira.
A pecuária no Brasil é de ponta, exige vários tipos e investimentos, investimentos estes que precisão ser pagos, pois não somos como deputados que possuem castelos para lazer, nem mesmo como alguns funcionários do Senado Federal que possuem mansões não declaradas ao IRPF ou recebem horas extras em tempos de recesso no Congresso Nacional. Somos pessoas comuns, daquelas que tem que pagar suas contas… E em dia se possível…
Mas nada é em vão! Esta recuperação judicial pleiteada pelo Independência me retirou totalmente deste mercado, pois não tenho como fazer a reposição do gado, não tenho como pagar minhas contas em dia, terei que me desdobrar para honrar meus compromissos, torcer para não receber visitas de oficiais de justiça por hora e, por fim, o único lado bom da estória é que deixei definitivamente a ingrata situação de produtor neste País que não dá valor a quem trabalha. Xô produção…
Vou procurar um trabalho é no Senado, nem que seja terceirizado!!!