O governo estuda um novo programa de contratos de opção pública para café. A idéia é apoiar a comercialização de 3 milhões de sacas de 60 quilos, com preço de exercício de R$ 320/saca. O anúncio foi feito pelo ministro interino da Agricultura, Silas Brasileiro. Ele estimou que o governo pode gastar R$ 1 bilhão com o programa de opções, recursos que terão origem no caixa do Tesouro Nacional.
O governo estuda um novo programa de contratos de opção pública para café. A idéia é apoiar a comercialização de 3 milhões de sacas de 60 quilos, com preço de exercício de R$ 320/saca. O anúncio foi feito pelo ministro interino da Agricultura, Silas Brasileiro. Ele estimou que o governo pode gastar R$ 1 bilhão com o programa de opções, recursos que terão origem no caixa do Tesouro Nacional. O ministro interino afirmou que a intenção é lançar o programa de venda dos contratos no início do ano que vem, para exercício até maio de 2009.
Silas Brasileiro reuniu-se hoje com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir medidas de apoio à cafeicultura. Na reunião também foi apresentada a proposta de troca das dividas da cafeicultura por produto, idéia que vem sendo defendida pelos produtores rurais. Silas Brasileiro afirmou que a Fazenda avaliou a proposta como “possível”, mas que precisa avaliar melhor o tamanho da dívida da cafeicultura e a oportunidade para recomposição dos estoques públicos por meio da operação de troca. Ficou acertado no encontro que o Ministério da Agricultura vai encaminhar para a Fazenda um estudo detalhado sobre o endividamento do setor cafeeiro.
O presidente da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa, comentou que a sustentação de preços só será possível com a aprovação do programa de Opções Públicas de Venda.
Na semana passada, representantes do setor, liderados pelo Conselho Nacional do Café (CNC), entregaram ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pedido para a disponibilização de R$ 1 bilhão para as Opções Públicas. “O que vai resolver o problema do setor é preço e para isso, as opções serviriam para mostrar ao mercado, que abaixo do preço de referência, o produtor não venderia”, diz ele.
Conforme Paulino, a recuperação de preços que normalmente pode ser observada no fim do ano ainda não foi verificada neste mês. “Normalmente o mercado antecipa a safra e os preços ainda não refletem o volume de produção de 2009, que será um ano de safra baixa”.
Em comunicado divulgado na sexta-feira, o Conselho Nacional do Café (CNC) destaca que além da ampliação dos recursos para a estocagem as medidas aprovadas pelo governo também incluíram a criação de uma linha de crédito para financiar a liquidação das dívidas Com Cédulas de Produto Rural (CPR´s), no total de R$ 100 milhões, que vinha sendo reivindicada pelo setor há alguns meses e regulamentou a linha para a recuperação de lavouras de café do sul de Minas que foram atingidas por chuvas de granizo em setembro deste ano, de R$ 90 milhões.
A ampliação dos recursos para a estocagem foi possível graças à redistribuição do Orçamento do Funcafé. Dessa forma, com as modificações e inserções realizadas, o orçamento total do fundo para a safra 2008 subiu a R$ 2,3 bilhões, sendo que o montante destinado à colheita totalizou R$ 352 milhões; as operações de custeio têm R$ 294 milhões disponíveis, que poderão ser contratados até 28 de fevereiro do ano que vem; e, para o Financiamento de Aquisição de Café (FAC), cuja contratação também está aberta até 31 de janeiro de 2009, foram alocados R$ 264 milhões
As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.