Governo de SP propôs baixar o ICMS para os frigoríficos não abandonarem suas atividades em São Paulo. A proposta contemplaria uma nova alíquota para os créditos já acumulados e uma mudança definitiva no ICMS do setor para o futuro.
Em reunião na manhã desta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governo do Estado propôs baixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os frigoríficos não abandonarem suas atividades em São Paulo. A proposta contemplaria uma nova alíquota para os créditos já acumulados e uma mudança definitiva no ICMS do setor para o futuro.
De acordo com o deputado federal Paulinho da Força (PDT/SP) presente na negociação, o governador Geraldo Alckmin aceitou aumentar o crédito do ICMS para 6% em cima dos produtos que já foram comercializados – atualmente o Estado aceita 3%. Além disso, o imposto seria reduzido para 4% daqui em diante. Atualmente, o ICMS cobrado é de 12%, mas um quarto dele pode ser revertido em créditos. Procurada, a Fazenda paulista ainda não se manifestou para confirmar a proposta.
A medida ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Segundo Paulinho, a decisão sobre o assunto deve sair no próximo dia 29.
O grupo JBS, do setor, tem R$ 1,2 bilhão em autuações relacionadas a créditos não aceitos pelo Estado de São Paulo em compras de gado e transferência de carne. O aumento do percentual dos créditos ajudaria a amenizar a dívida, que está sendo contestada pelo frigorífico.
Segundo Paulinho da força, o setor, no Estado, tem uma pendência fiscal em torno de R$ 1,7 bilhão. “As empresas vão fechar as portas e mudar para outros Estados se a situação não mudar. Assim, elas não têm como permanecer em São Paulo.”
Em recente entrevista ao Valor, o secretário de Fazenda Andrea Calabi afirmou que a discussão em torno de autuações relacionadas à guerra fiscal tornou-se praticamente generalizada no setor. Recentemente, o frigorífico da JBS, em Presidente Epitácio (SP), foi desativado, causando 1.300 demissões.
A proposta do governo será levada pelo sindicato do setor às empresas. Segundo Paulinho, que vai se reunir com o presidente da JBS nesta noite em sua casa em Brasília, a proposta agrada a maioria dos frigoríficos. O entrave fica por conta da JBS. “Eles querem 7% de créditos. Com isso, devem reabrir o frigorífico em Epitácio. Mas o problema é que se houver aumento, tem que ser para todos. O governador Alckmin foi claro nisso durante a reunião”, disse.
Uma nova reunião entre representantes sindicais e o governo do Estado está marcada para semana que vem.
Fonte: Jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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MAIS FAVORES PARA ESSES FRIGORIFICOS, CHEGA DE FAVOR PARA ESSA GENTE, O QUE ACONTECE !!!, ESSE POVO DEVE UMA FORTUNA AO BNDES, ESSE POVO DE FRIGORIFICOS CONSEGUE O QUE QUER PRINCIPALMENTE OS GRANDES, AGORA QUER ISENÇÃO DISSO, DAQUILO, TEM UM MONTE DE EMPRESAS DE DIVERSOS SETORES FECHANDO POR MOTIVOS DE TANTOS IMPOSTOS, POR QUE SÓ FRIGORIFICOS RECEBEM TANTO FAVOR DE TODOS OS LADOS, O QUE ELES TEM MELHOR QUE OS OUTROS SETORES.
Estou pedindo primeiramente a Deus, para que ele possa tocar no coração de cada um de vocês!!!
Pois o que será de Presidente Epitácio?
Já que não tem mais indústrias e com certeza o comércio vai ser agravado também com esta situação.
ESTOU TORCENDO A CADA DIA E TENHO MUITA FÉ QUE NO FINAL TUDO IRÁ DAR CERTO…..
Shirley Soler
Temos que deixar bem claro que com fechamento de unidades frigorificas, são milhares de familias desempredas.
Independente de quanto se deve para o Governo. A geração de empregos diretos e indiretos traz o bem estar para toda uma população.
Vejo que o grupo JBS esta no caminho e esta usando os recursos e forças que estão ao seu alcance.
Parabens a todos pelas decisões tomadas, ao Nobre Deputado Paulinho e ao Grupo JBS, que o crescimento seja valorizado nas mão de quem gera e produz riquezas.
Pereira