O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar, nos próximos dias, uma linha de crédito que financiará os custos de ingresso e de manutenção dos produtores nos mercados futuros a juros subsidiados de 8,75% ao ano pelo Tesouro Nacional.
Notícia de Mauro Zanatta para o jornal Valor Econômico informou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar, nos próximos dias, uma linha de crédito que financiará os custos de ingresso e de manutenção dos produtores nos mercados futuros a juros subsidiados de 8,75% ao ano pelo Tesouro Nacional.
O plano federal para a atual safra 2006/2007 já prevê um adicional de até 15% sobre o limite de crédito individual para quem utiliza mecanismos de proteção de preços. Mas o governo quer ter a certeza de que o produtor usará esse “prêmio” para custear taxas, emolumentos e ajustes diários exigidos nos mercados futuros e não como capital de giro. Por isso, o crédito adicional deverá ser depositado em conta específica para cobrir as margens de garantia.
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Agora sim, os pecuaristas vão sentir a diferença de trabalhar sempre protegido. Passarão, então, a vender seu boi antes de produzí-lo.
Nos EUA, há 160 anos os produtores utilizam o hedge direta ou indiretamente e as proteções são realizadas até 2 anos antes. Muitos bancos exigem o hedge prévio. Na U.E. faz-se o mesmo há muitos anos. No Brasil, somente entre março e setembro de 2005, o agronegócio deixou de auferir cerca de R$ 27,0 bilhões de receitas por falta de hedge de produtos e de câmbio na BM&F.
Os pecuaristas estão perdendo seus lucros por falta de hedge, uma operação tão simples e barata e, realmente, eficaz para quem tem ou venha a ter os animais. Em 12/2004, o contrato na BM&F para 11/2005 estava em R$ 69,85@ e este encerrou em R$ 56,94, ou seja, perdeu-se R$ 13,00@ ou R$ 215,00/boi. No pico da safra 2006 também ocorreram elevas perdas. Em 10/2005, o contrato para 05/2006 estava em R$ 56,28@ e este encerrou em R$ 48,53@. Então, perdeu-se, ou deixou-se de auferir, cerca e R$ 8,00@ em receitas.
Feliz do produtor que tem seu produto cotado em bolsa e pode proteger-se. Só perde quem não protege.