Mesmo considerando que o surto de raiva bovina em Nioaque está sob controle, a Delegacia Federal de Agricultura do Mato Grosso do Sul (DFA/MS) recomenda que os pecuaristas vacinem o rebanho. O delegado José Antônio Roldão descartou até mesmo que os focos de raiva sejam epidemia ou surto e frisou que a sintomatologia já foi identificada assegurando que não existe motivo para pânico. Ele informou que as medidas corretivas (aplicação da pasta vampiricida e delineamento da área) já foram tomadas, visando garantir a sanidade dos animais.
Mesmo assim, admitiu que essa doença precisa ser melhor monitorada, enfatizando que o instrumento mais eficaz contra a raiva é a vacina, que tem custo baixo. “Nós costumamos dizer que, com o valor de um bezerro, o pecuarista que tem mil bois dá conta de imunizar seu rebanho”, exemplificou o delegado, explicando que a vacina custa algo em torno de R$ 0,28 (vinte e oito centavos). Ou seja, com apenas R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais) é possível assegurar a cobertura de mil cabeças de bovinos.
Em relação à brucelose e tuberculose, afirmou que existe um programa novo do Ministério da Agricultura a ser efetivado em 2002. Informou que o processo de tabulação e cadastramento já foi iniciado e que a DFA tem especial interesse em manter essas doenças afastadas do rebanho bovino sul-matogrossense. A brucelose é outra enfermidade que também foi priorizada pelo MA. O controle de todas essas doenças é fator indispensável para a comercialização de carne no mundo.
Roldão destacou que o ano de 2001 foi extremamente positivo para a agricultura e a pecuária de Mato Grosso do Sul. O setor de defesa sanitária animal, na sua opinião, foi o que melhor respondeu ao conseguir a certificação de área livre de aftosa com vacinação. A medida possibilitou a abertura de novos mercados e a valorização da pecuária estadual.
Fonte: Correio do Povo/ MS, adaptado por Equipe BeefPoint