O governo do Rio Grande do Sul está disposto a ampliar o pacote de benefícios oferecido para a Marfrig na tentativa de evitar o fechamento do frigorífico localizado na cidade de Alegrete, no oeste do Estado. Semana passada a empresa comunicou a decisão de interromper as atividades na unidade de Alegrete. Dessa forma, a operação no RS ficaria concentrada nas plantas de Bagé, São Gabriel e Pampeano.
“Estamos preocupados principalmente com o aspecto social. O fechamento da unidade vai gerar um problema grande para o município”, disse o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, lembrando que hoje mais de 600 pessoas trabalham no frigorífico.
Polo recebeu na quinta-feira, 15, em Porto Alegre o diretor da Marfrig para a região sul, Rui Mendonça, para fazer um último apelo.
O governo anterior já havia manifestado à Marfrig a disposição de fazer concessões para garantir a manutenção da planta em Alegrete. Entre as ações discutidas pelo então secretário Claudio Fioreze estavam a redução do ICMS e a implantação de um programa de identificação de origem do rebanho, o que agregaria valor ao produto comercializado pela Marfrig. O secretário não antecipou que outras medidas poderiam ser adotadas, além das já colocadas pelo governo anterior.
Segundo ele, primeiro é preciso saber se há de fato o interesse da Marfrig em reverter a decisão de interromper as atividades em Alegrete. Se a Marfrig não voltar atrás, o governo gostaria que outra empresa assumisse a operação em Alegrete. Fontes do setor garantem que há interessados. De acordo com Polo, o diretor regional da Marfrig sinalizou que esta possibilidade não está descartada.
O governo gaúcho espera ter um retorno da Marfrig nessa semana.
Fonte: AE Broadcast, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.