O cenário favorável do agronegócio tem favorecido também os donos de terras, que viram suas propriedades valorizarem no primeiro bimestre do ano. É o que aponta o mais recente estudo do Instituto FNP. Em janeiro e fevereiro o preço médio da terra foi a R$ 3.998 por hectare no Brasil, com valorização acumulada de 26,3% nos últimos 36 meses. Em um período mais curto, de 12 meses, a alta foi de 16,5%.
O cenário favorável do agronegócio tem favorecido também os donos de terras, que viram suas propriedades valorizarem no primeiro bimestre do ano. É o que aponta o mais recente estudo do Instituto FNP.
Em janeiro e fevereiro o preço médio da terra foi a R$ 3.998 por hectare no Brasil, com valorização acumulada de 26,3% nos últimos 36 meses. Em um período mais curto, de 12 meses, a alta foi de 16,5%.
Segundo os engenheiros agrônomos e analistas do Instituto FNP, José Vicente Ferraz e Jacqueline Dettmann Bierhals, as terras para cultivo de grãos são as que mais têm movimentado o mercado, principalmente nas fronteiras agrícolas. Os preços estão bastante elevados, principalmente porque a soja é um dos patamares de negociação.
Além de incentivos internos para a valorização, as áreas de grãos também são disputadas por investidores estrangeiros, principalmente de fundos. Entretanto, esses negócios estão sendo melhor analisados. O Brasil não dispõe de uma legislação própria sobre a aquisição de terras por estrangeiros, mas a tendência é a ampliação das restrições, segundo analistas.
O estudo do IFNP mostra que as terras que mais se valorizaram nos últimos 36 meses foram as destinadas à agricultura, na região de Bauru (SP). Procurado devido à alta produtividade em grãos, o hectare subiu para R$ 19.030, contra R$ 8.223 no bimestre março/abril de 2005. Entre as maiores quedas, o IFNP aponta as terras destinadas à laranja, em Bebedouro (SP). Nessa região, o hectare recuou de R$ 22.727 em março e abril de 2005 para R$ 17.678 neste ano.
Nos últimos 12 meses, as maiores altas ocorreram nas regiões Norte (26,9%), Centro-Oeste (23,6%), Nordeste (21,3%), Sul (16,3%) e Sudeste (11,4%), informou reportagem de Mauro Zafalon, da Folha de São Paulo.