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Greve afeta abate do Friboi em Várzea Grande/MT

A pauta de reivindicações dos transportadores de cargas vivas, em greve há uma semana, foi acrescida de mais um item: além do alinhamento em 30% do valor pago pelos fretes, eles reivindicam o emprego de volta. Segundo eles, o frigorífico Friboi dispensou todos os caminhoneiros como retaliação ao movimento. “Agora, estamos mais fortalecidos, queremos de volta o emprego de mais de 150 pessoas”, aponta o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga Viva do Estado de Mato Grosso (STACV/MT), Antônio Elias Neto.

Mais uma vez, durante a tarde de ontem, a reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com a diretoria do Friboi, com sede em Andradina (SP), ninguém das duas unidades do estado (Várzea Grande e Barra do Garças) tem autonomia para atendimento à imprensa. A secretária ficou de retornar, caso alguém pudesse responder, mas ninguém fez contato até o fechamento da edição.

Segundo Neto a capacidade de abate do Friboi, de 1,2 mil animais por dia está reduzida em 70%. “Estes animais estão sendo trazidos por companheiros que não entenderam o sentido da greve ou mesmo em caminhões alugados e de pecuaristas. Como nosso movimento é pacífico, o acesso ao desembarque dos animais está sendo feito”, esclarece Neto.

“Apesar de estarmos desempregados, agora estamos fortalecidos, pois outras três transportadoras decidiram unir-se ao movimento”, comemora Neto. O presidente não quis, por hora, revelar os nomes das empresas.

Desde o início da paralisação, o Sindicato afirma que, sem aumento há quatro anos, a rentabilidade da atividade está comprometida, pois mais de 75% do faturamento dos “boiadeiros” é utilizado para custeio do frete e manutenção de emergência dos veículos. “Dos 25% restantes, temos de tirar o lucro e ainda fazer investimentos nos veículos”. Neto afirma ainda, que enquanto o valor do frete (hoje em R$ 1 líquido) caiu 40% no mercado nos últimos anos, para quem trabalha para o Friboi, a redução é de 60%. Dos 220 associados ao sindicato, mais de 90%, segundo Neto, “puxam carga para o Friboi”.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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