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Griffe de carnes chega à Barra da Tijuca

O Empório MC, a primeira butique especializada no tipo de gado Red Angus no País, com matriz em Campinas, abre a primeira franquia no Rio de Janeiro com investimentos de R$ 250 mil. A instabilidade do mercado não assustou o franqueado e distribuidor da marca no estado, André Figueiredo, a apostar no empreendimento. “As pessoas sempre estão abertas para o diferente, para a qualidade e não tem nada do gênero no Rio de Janeiro. Tenho um público-alvo específico e o meu objetivo é atendê-lo bem”, argumenta.

A proposta inovadora de agregar a venda de cortes específicos da carne, acessórios de churrascos, livros sobre o assunto, cervejas importadas e vinhos num ambiente sofisticado e atendimento especializado visa atender ao público da classe A/B e estima um faturamento mensal entre R$ 250 mil e R$ 300 mil.

Localizada no bairro que mais cresce na cidade, a Barra, a franquia tem 120m2 de loja mais 170m2 de área para estoque e escritório. Mas não é apenas o morador do bairro o público-alvo do Empório MC: a loja oferece atendimento através de telemarketing e entrega o produto em domicílios da Barra ao Centro.

Ao todo, são mais de mil itens. Mas o carro-chefe é mesmo a carne, cujo corte é totalmente artesanal. O Empório MC trabalha com cerca de 50 cortes, que variam de R$ 18,50 (o miolo da alcatra) a R$ 37,50 (o prime rib) o quilo. A partir de dezembro, depois de apresentar o produto para o mercado, a franquia estará pronta para abastecer restaurantes.

Em sentido contrário à chegada da franquia ao Rio, o Sindicarnes registrou o fechamento de quase 600 estabelecimentos desde a implantação do real, há oito anos. Hoje, são 1.035 açougues em funcionamento, que empregam quatro mil pessoas. Apesar dos dados negativos, o surgimento de uma butique de carnes não afeta em nada o setor na opinião do proprietário do Açougue Mar e Terra, no Centro, e conselheiro do Sindicarnes, Luciano Lopes. “São produtos e público-alvo diferentes”.

O açougue sofre mais com a expansão da venda de carnes nos supermercados do que a de venda de cortes nobres em lojas sofisticadas.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Luciana Bittencourt), adaptado por Equipe BeefPoint

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