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Grupo define apoio a ações de sanidade animal nos Circuitos Pecuários Norte e Nordeste

O Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá receber, na próxima semana, um documento com as propostas de apoio às ações de sanidade animal nos Circuitos Pecuários do Norte e Nordeste, elaborado por um grupo de trabalho formado por técnicos dos Estados do Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Mato Grosso. O grupo se reuniu durante dois dias, em Palmas, para traçar algumas metas que deverão ser implementadas mediante oficialização do grupo, aprovação e cronograma estabelecido pelo próprio ministério, conforme o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), Reynaldo Soares.

A proposta de apoio aos circuitos Norte e Nordeste beneficia, sobretudo, os Estados de Rondônia e a chamada Área 1, no sul do Pará, que abrange 30 municípios e possui um rebanho de oito milhões de cabeças. As duas regiões há muito tempo desenvolvem ações de combate à febre aftosa e pleiteiam junto ao Mapa a realização de sorologia, este ano, para antecipar a declaração de área livre da doença no próximo ano.

Rondônia também possui oito milhões de cabeças de gado e não tem como comercializar seus produtos bovinos, já que os animais não podem transitar por Mato Grosso, com quem faz divisa, e o mercado interno e circunvizinho é muito pequeno. Com o processo de zona livre aprovado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), Rondônia nivelaria seu estado sanitário e passaria a integrar um bloco comercial maior, que vai de Sergipe até o Paraná, incluindo todo o Centro-Oeste, onde o trânsito de animais é livre, observa Soares. “A ampliação aumenta o rebanho comercial e o potencial de exportação do País”, reforça.

Vantagens

Caso o ministério aprove essa proposta, os Estados do Tocantins e Mato Grosso também ganham, pois, além da expansão da área de comercialização e trânsito de animais, poderão reduzir custos com a manutenção de barreiras sanitárias volantes instaladas nessas divisas.

Soares avalia que os demais Estados dos Circuitos Norte e Nordeste precisam estruturar melhor seu serviço de defesa para cumprir a meta do Ministério, que é tornar o País livre da febre aftosa até 2005.

No documento a ser entregue em Brasília o grupo está propondo o envio de técnicos das áreas livres para capacitação daqueles que estão estruturando seus serviços de defesa, repasse de modelos de legislação, criação de fundo de defesa agropecuária, cadastramento, educação sanitária, realização de palestras de sensibilização e toda a parte técnica e burocrática necessária para a implantação do programa exigido pelo Mapa.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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