Grupo investidor chinês está próximo de comprar frigorífico no Uruguai

Um grupo de capitais chineses, que esteve no ano passado no Uruguai sondando os frigoríficos, está negociando com os proprietários do Frigorífico Rosario (Rondatel S.A.) e estão adiantadas as negociações para a venda da planta de abate e outros empreendimentos da firma, embora o negócio ainda não tenha sido fechado.

As conversas com o grupo chinês incluiriam, além da planta de Rosário, que há algum tempo é dedicada à industrialização de bovinos, uma planta de desossa que o Rondatel S.A. tem em Montevidéu e outro negócio no setor de carne suína.

Se esse negócio se concretizar, será o primeiro desembarque de capitais chineses na indústria frigorífica uruguaia, como ocorreu em Santa Fé (Argentina) com o frigorífico San José, conhecido antes como JBS Swift, vendido em outubro de 2014.

Não é a primeira vez que grupos de empresários chineses sondam o mercado uruguaio buscando adquirir alguma empresa. No final do ano passado, houve uma missão que visitou vários frigoríficos, entre eles, a planta do Rondatel S.A., e, desde então, começou a crescer o rumor de que estava vendida, fato que foi desmentido pela empresa.

Outros investidores chineses também mantiveram contato no ano passado com autoridades do Instituto Nacional de Carne (INAC) levantando a possibilidade de comprar carne bovina para abastecer suas cadeias de restaurantes e supermercados, levantando também a possibilidade de comprar um frigorífico.

Durante o primeiro semestre do ano, a China se converteu no principal destino para os frigoríficos uruguaios, onde o volume exportado cresceu em 64% até 26 de junho, segundo os dados estatísticos do INAC. Foram exportadas 75.332 toneladas de carne bovina contra 45.934 toneladas com relação ao mesmo período de 2014.

O mercado compra basicamente cortes de dianteiro bovino e miúdos, ainda que há uma corrente incipiente de cortes de maior valor (cortes de traseiro).

O ex-presidente do INAC e atual assessor privado, Roberto Vázquez Platero, disse que a indústria frigorífica uruguaia há um tempo “está na mira dos investidores chineses” e disse que não é somente a indústria uruguaia. “No futuro dos possíveis investimentos de um país que conta com muitos recursos e terá a necessidade de carnes no futuro, podem chegar a empresas muito grandes no Uruguai e outros locais”.

O Rondatel S.A., está em 19° lugar no ranking de abates, segundo dados do INAC.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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