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Grupos irlandeses buscam garantir segurança de carne

Grupos agrícolas da Irlanda estão tomando medidas para garantir aos consumidores que qualquer carne bovina que tenha "o mais remoto risco" será removida da cadeia de alimentos para evitar que o público se exponha a contaminantes.

Grupos agrícolas da Irlanda estão tomando medidas para garantir aos consumidores que qualquer carne bovina que tenha “o mais remoto risco” será removida da cadeia de alimentos para evitar que o público se exponha a contaminantes.

A Associação Irlandesa de Criadores de Bovinos e Ovinos (ICSA) disse que os consumidores precisam saber que 99% da carne bovina irlandesa não foi afetada por dioxina. O presidente da ICSA, Malcolm Thompson, disse que os sistemas de segurança da indústria alimentícia são fortes e que os níveis de contaminantes encontrados em uma pequena porcentagem de carne bovina irlandesa não têm efeitos adversos para a saúde.

“O sistema nacional de identificação animal garante que temos um quadro muito preciso sobre onde cada animal foi criado, o que comeu e onde foram após o abate”.

O presidente do setor de carne bovina da ICSA, Seán Scully, disse que a dieta predominante do gado de corte é composta de pasto, silagem e outros ingredientes cultivados localmente, como milho e cevada, e não com ração animal contaminada.

A presidente da organização rural, Macra na Feirme, Catherine Buckley, disse que os resultados positivos nos testes para dioxina foram um golpe para a indústria local de carne bovina, de 2,5 bilhões de euros (US$ 3,28 bilhões), mas o fato de não representar riscos a saúde está ajudando a tranqüilizar. Ela pediu que o Governo reforce as rígidas leis para a produção de ração animal.

O diretor da organização Meat Industry Ireland, Cormac Healy, disse que a prioridade da indústria agora é comunicar sua mensagem positiva aos consumidores de carne bovina irlandesa, dentro e fora do país.

A reportagem é do Irishtimes.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Marcus Couceiro Horcel disse:

    Prezados Amigos,

    Interessante esse pessoal, gostaria de saber a opinião daquele maledicente irlandês, de triste memória e cujo nome não faço questão de lembrar, que tanto prejudicou o Brasil e seus pecuaristas ao organizar um lobby na União Européia, pressionando a OIE a não aprovar o retorno de estados brasileiros ao status de livre de febre aftosa com vacinação, à ocasião perdido com os focos em Mato Grosso do Sul e no Paraná em 2005.

    Esses “grandes produtores”, que vivem em sua maioria esmagadora à custa de polpudos subsídios, não são competentes para controlar a sanidade de seus rebanhos em propriedades agrícolas que não passariam de meros quintais ou pomares no Brasil, dada a insignificância dessas áreas quando cotejadas a um país de dimensões continentais, como o Brasil, e dotado de fazendas de inimagináveis proporções ante a realidade européia. Porém, ao menor vacilo brasileiro, estes rogam-se no direito de nos ensinar o ABC da sanidade animal, esquecendo-se que problemas ocorrem aqui e acolá, com a enorme diferença que no Brasil, abrimos portas, arquivos e institutos a missões européias, que aqui aportam pelo peso econômico de seus mercados consumidores para nos inspecionar e, com alguma boa vontade (afinal precisam de nosso produto), cogitar a benemerência de uma chancela aos nossos produtores e indústrias – lá, costumam adotar paliativos e jogar a sujeira debaixo dos tapetes, fato recentemente verificado na Inglaterra, quando esta enfrentou problemas de aftosa em seu território e, pasmem, realizaram o isolamento de uma área no País – no Brasil, por um foco em região de fronteira, interditaram em sua totalidade um Estado do tamanho do Mato Grosso do Sul e outro, Paraná, por um foco restrito à época a uma fazenda; esta brutalidade, posteriormente, estendeu-se a todo o País.

    Pesos e medidas usados conforme a conveniência – agora, no entendimento dos irlandeses, uma pequena quantidade de dioxina não faz mal à saúde (os níveis de contaminantes encontrados em uma pequena porcentagem de carne bovina irlandesa não têm efeitos adversos para a saúde, no entendimento do presidente da ICSA, aquele mesmo órgão que nos trucidou anos atrás!), mas nossa carne, de boi verde, pelo risco de exposição à aftosa é caso de saúde pública e de embates nos fóruns de política econômica da Comunidade Européia.

    Pensei, em minha inocência, tratar-se de barreira comercial a quem produz em maior quantidade, sem subsídios, e a um custo infinitamente inferior ao deles. Aos irlandeses, suplico, nossos problemas, com todas as dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo no Brasil, serão solucionados pelos eficientes pecuaristas brasileiros – e, obviamente, reconhecendo-se que a aftosa e outros problemas sanitários, no Brasil, deverão ser enfrentados sem tréguas, até sua erradicação. Sem ocultação de eventuais ocorrências e sem varrermos a sujeira debaixo do tapete, prática bem ao feitio de nossos opositores.

    E viva a “inofensiva” dioxina irlandesa!