Diante da confirmação de novos focos de febre aftosa na Bolívia, o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, alerta sobre o que representa. "Tudo indica que a situação é bem mais grave do que vem sendo noticiada", acredita Guedes. O vírus coletado em amostras dos rebanhos afetados são do tipo O, mas segundo o presidente do CNPC, não da mesma família do encontrado em setembro de 2005.
Diante da confirmação de novos focos de febre aftosa na Bolívia, o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes alerta sobre o que representa. “Tudo indica que a situação é bem mais grave do que vem sendo noticiada”, acredita Guedes. O vírus coletado em amostras dos rebanhos afetados são do tipo O, mas segundo o presidente do CNPC, não da mesma família do encontrado em setembro de 2005 em propriedades do Mato Grosso do Sul. “Esses vírus se assemelham aos encontrados na região Amazônica, o que indica que se trata de uma endemia, mas sem qualquer identificação com os surtos ocorridos no Brasil”.
A notícia da Gazeta Mercantil, afirma que já são 4 os focos de aftosa, um além dos 3 informados pelo Panaftosa.
Para Guedes, a febre aftosa na Bolívia revela ao mercado mundial que a presença do vírus na América do Sul é endêmica e que os esforços para o controle da doença têm produzido pouco resultado. Outro motivo de tensão é o desmonte do sistema de vigilância sanitária promovido pelo governo do presidente Evo Morales, com a demissão de centenas de fiscais, o que podem deixar a doença fora do constrole, informa Guedes.
Para o presidente do CNPC, a contaminação do rebanho não passa de “desmazelo”. O descuido na questão sanitária induz à constatação de que há febre aftosa não só na Bolívia, mas também em outros países andinos. Guedes acredita que a febre aftosa, “com certeza” contamina também o rebanho do Paraguai.
As informações são de Isabel Dias de Aguiar, para o jornal Gazeta Mercantil.
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Enquanto os presidentes dos países da América do Sul não se conscientizarem de que a febre aftosa é um problema do continente e não de países isolados , jamais conseguiremos erradica-la. O nosso presidente deveria liderar o movimento pela erradicação da febre aftosa, pois somos sempre os maiores prejudicados por dividirmos fronteiras com quase todos os países da América do Sul.
Falta vontade política de resolver o problema. E as cadeias de produção envolvidas devem pressionar seus governantes, mostrando a importância que este setor representa para a economia dos nossos países e do nosso continente.
Sebastião Guedes sempre foi um guerreiro na defesa da pecuária brasileira. Tenho tido oportunidade de ouvir as opioniões e até os “conselhos” do Guedes no que diz respeito a sanidade animal, que todos nós deveríamos prestar mais atenção e procurar fazer o que este baluarte da pecuária diz.
É necessário realmente prestar atenção ao que o Guedes aponta como alguns erros primários que cometemos. Diz ele que não adianta estar doando vacinas a nossos vizinhos como temos feito, pois essas vacinas doadas não se tem segurança nenhuma de que vão ser realmente aplicadas.
De muito valia, seria, diz ele, que deveríamos assumir uma liderança no sentido de tratar e prevenir o mal comum em conjunto num trabalho sério, sem preconceitos e sem complexos, pois técnicos com capacidade dentro do setor não possuímos. Ele alerta para que o Brasil tenha mais técnicos onde se deve ter, isto é, tendo uma participação maior, e não tímida como temos, nos lugares chave para nos defender, defendendo os interesses do continente, ou seja nos órgãos internacionais que tratam do interesse comum em termos de sanidade animal.
Acho que está mais que na hora de seguirmos as indicações do Guedes, questionando o porque dessa participação tímida dos brasileiros na defesa de nossos interesses que são, me permito repetir, do interesse do continente.
Vantuil Carneiro Sobrinho
Diretor operacional Brasil Certificação.
presidente da ACERTA.
Sr Vantuil,daqui para frente, começarei a prestar mais atenção nas palavras e nos conselhos do Sr Guedes, prometo. Mas o momento não é de achar,de desconfiar, o momento é de não falar nada, se tiver que falar, marque uma reunião secreta, mas falar um determinado assunto sem ter certeza,mesmo que tivesse, para um jornal, só atrapalha. E ainda mais citando Mato Grosso do Sul, Amazônia, isto é um prato cheio como notícia para se espalhar e ser deturpada no mundo inteiro. O estado do Paraná foi prejudicado exatamente por isto, gente que não sabia, falou, gente que sabia, também falou, ficou o dito pelo não dito, até hoje não sabemos se isolou ou não o vírus. Só de uma coisa temos certeza, prejudicou muito o produtor.
Por isto faço um apelo aos nossos líderes, se é que temos, daqui para frente, quem falar sobre o assunto febre aftosa, sem estar devidamente documentado, tem que ser processado.