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Guedes enfatiza a integração lavoura-pecuária

A adoção de sistemas que integram a agricultura e a pecuária pode fazer a diferença na matriz produtiva do Brasil nos próximos anos, afirmou o ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes Pinto.

A adoção de sistemas que integram a agricultura e a pecuária pode fazer a diferença na matriz produtiva do Brasil nos próximos anos, afirmou o ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes Pinto. A chamada integração Lavoura Pecuária (ILP) estimula a produção em áreas já degradadas, diminuindo a pressão do desmatamento em novas localidades e tornando o agronegócio sustentável do ponto de vista econômico e ambiental. “Projetos nessa linha mostram que podemos continuar nossa expansão sem afetar o meio ambiente”, destacou Guedes.

O ministro participou da primeira reunião do Comitê Nacional do Projeto Integração Lavoura Pecuária (Prolapec), que reúne cerca de 20 entidades dos setores público e privado. O Prolapec, criado este ano, visa financiar projetos nessa linha e será implementado com apoio da Embrapa e da Companhia de Promoção Agrícola (Campo). O Brasil tem hoje 40 milhões de hectares de pastagens que podem ser utilizados na produção de grãos. “Não precisamos nem tocar num bioma importante ponto de vista ambiental, como é a Amazônia, para aumentar a produção”, acrescentou Guedes.

A ILP também aumenta a renda do produtor. Por meio da rotação de lavouras comerciais (sobretudo a soja, mas também outros grãos) com forrageiras adubadas, usando técnicas de plantio direto e de gado de boa genética, é possível elevar sensivelmente os ganhos da propriedade através do aumento da produtividade agrícola e da obtenção de produtos animais de qualidade. “É a maior inovação na agricultura neste século”, afirmou o produtor e ex-ministro Alyson Paulinelli. “A receita líquida do produtor pode chegar a dobrar se a integração lavoura-pecuária for conduzida corretamente”, acrescentou.

O Secretário de Política Agrícola do Mapa, Edílson Guimarães, informou que o BNDES já garantiu R$ 200 milhões para projetos de ILP. O limite financiável é de até R$ 300 mil por produtor, com taxa de juros de 8,75% ao ano. “O Fundo Constitucional do Centro-Oeste também já garantiu recursos, e estamos conversando com bancos da Amazônia e do Nordeste para ampliar a oferta”, acrescentou.

Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Márcio Portocarrero, o ILP é também uma resposta importante para o mercado internacional, que muitas vezes vincula – erradamente – o agronegócio brasileiro à degradação da Amazônia.

As informações são do Mapa.

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  1. Alcides Viana disse:

    Medidas como essa, num momento em que o cenário econômico não está muito favorável, como nos últimos cinco anos atrás, trás novas possibilidades para o homem do campo. E ainda, gera novas possibilidades de emprego para técnicos, aumento de negócios no setor privado e conseqüente crescimento e fortalecimento do agronegócio.

    No oeste da Bahia, esta já é uma prática que vem sendo implementada por alguns agricultores/pecuaristas. Acredito que com o apoio do Governo Federal e as suas parcerias, essa cultura irá se propagar rapidamente.