Guilherme Dias fala sobre o Programa Carne Pampa

Durante a Feicorte, Guilherme Dias, diretor executivo do Programa Carne Pampa, falou sobre os benefícios que este programa tem conseguido trazer para os pecuaristas e outras ações da Associação Brasileira de Hereford e Braford que visam melhorar a rentabilidade do produtor.

“O programa de certificação Carne Pampa começou em 2001 e foi o primeiro programa de carne certificada de raça no Brasil”.

“A partir do ano passado, nós decidimos reformular o projeto, investir como um projeto prioritário; então nós formamos parcerias com o frigorífico Marfrig e ampliamos o número de animais certificados e de lá pra cá o programa veio ganhando mais importância. No mês passado atingimos o recorde de certificação, certificamos 85 toneladas de carne”.

“Hoje estamos começando as tratativas com o frigorífico Marfrig para começar um trabalho aqui na região de São Paulo e Centro-Oeste”.

“O requisito para entrar no programa é ser criador de Hereford/Braford ou suas cruzas. Hoje a gente já tem uma procura grande no mercado do sul do país e em diversas feiras de terneiros, os animais Hereford e Braford tiveram preços de R$0,40/kg acima do que outras raças”.

“A associação entende que tem o objetivo de promover a raça, então a gente não quer prender o produtor no programa de carne. Se o produtor, através de outros canais de comercialização, consegue um preço melhor por ser Hereford e Braford, que ele utilize a ferramenta de negociação de preço mínimo para poder barganhar nestes canais e buscar o melhor resultado na comercialização”.

“A certificação Gado Pampa é uma certificação de propriedade, onde o produtor pode certificar seus animais sem ficar na dependência da avaliação subjetiva do certificador presente no frigorífico. Nós disponibilizamos esse programa para uma maior transparência na comercialização; o produtor pode solicitar um técnico na associação que vai à sua propriedade, certifica os animais e esse animal tem garantia de certificação pelo padrão racial nas plantas frigoríficas. Também serve para aquele produtor de terneiro, de novilho, que não comercializa animais gordos, mas ele vai fornecer para um terminador, então ele consegue oferecer um animal com maior valor agregado”.

“Eu acho que o principal desafio do produtor brasileiro é aproveitar o momento de crescimento da pecuária e saber a melhor maneira de investir na sua propriedade. Então dentro das tecnologias hoje disponíveis e das ferramentas de agregação de valor, o produtor precisa saber encontrar a melhor oportunidade de melhorar sua produtividade e agregar valor a seu produto, para poder resistir nos momentos de crise e ser mais competitivo”.