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Guzerá dez, Fome Zero

Roberto Neszlinger, proprietário da AgroBarra, incentiva o comprometimento social com o Programa Fome Zero durante seu 2o Leilão “Guzerá da Barra”.

Numa iniciativa pioneira no Brasil, o criador de Guzerá Roberto Neszlinger, proprietário da AgroBarra, estará levantando recursos para o Programa Fome Zero em seu 2o Leilão “Guzerá da Barra”, que acontece no dia 15 de fevereiro, em Barra Bonita, interior de São Paulo. Será a primeira vez que um leilão de gado zebu arrecada verbas para o programa de combate à fome instituído este ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o remate, todos os convidados receberão envelopes para fazerem suas doações para o Programa Fome Zero, que serão depositadas numa urna, no recinto do evento. No intervalo dos lances, o leiloeiro oficial estará convidando os pecuaristas que acompanharão o remate através do Canal do Boi, para efetuarem suas contribuições através do serviço 0800 fornecido pelo Programa Fome Zero.

Os convidados do 2o Leilão Guzerá da Barra são os criadores Aldo e Ângelo Tonetto, Agropecuária Fazendo Cachoeira 2C, Amilcar F. Yamim, Antônio Ernesto de Salvo, Camillo Collier Neto, Carlos Fernando Pontual, Dante Emílio Romenzoni, Geraldo Alves da Silva, Marco Antônio Barbosa, Maria Victória Bolivar Gomes, Paulo Emílio Almeida Carneiro, Renato E. Olive Esteves e Roberto Martins Franco.

Guzerá de ponta

Serão ofertados 40 lotes de muita qualidade e de apurada genética, provenientes de suas fazendas no Tocantins e em São Paulo. “São animais Guzerá com excelentes resultados em julgamentos em diversas exposições do Brasil”, garante Beto Neszlinger, criador e filho de Roberto Neszlinger. No ano passado, por exemplo, o Guzerá da Barra faturou o 1o Lugar como criador durante a Grand Expo Bauru 2002, em novembro. Treze expositores levaram em pista um total de 116 animais, com exemplares de excelente nível; o Guzerá da Barra obteve o 1o Lugar na classificação de criadores com 804 pontos.

Entre os lotes, destaque para Guz da Barra Cici TE. Sua mãe, Evolução de Reilloc, foi o grande destaque do 1o Leilão Guzerá da Barra, vendida na ocasião por R$ 56 mil. “Evolução é uma excelente matriz, que já produziu 136 viáveis em 12 coletas, média de 11 embriões viáveis por coleta”, revela Roberto Neszlinger. Seu pai, Naab S, foi Campeão Junior Menor em Uberaba/94, Campeão Touro Jovem em Uberaba/95, Reservado Campeão Sênior e Reservado Grande Campeão em Uberaba/96, Grande Campeão em Curvelo/96 e irmão materno de Perseu S – 1.100 Kg. “Cici é uma novilha feminina, equilibrada, harmônica, de passagens bem feitas e muita beleza racial”, completa.

Guzerá: a raça da Pecuária Familiar

A raça Guzerá tem capacidade de gerar heterose em qualquer acasalamento, mesmo quando cruzada com outras raças zebuínas, como o Nelore. Quando utilizada em projetos de cruzamento industrial, gera resultados fantásticos, pois mantém a heterose sobre a F1, gerando produtos F2 (50% GUZ + 25% NEL + 25% europeu). Estas fêmeas F2 tem desempenho reprodutivo similar ao das F1, com alta rusticidade. Os machos têm carcaça moderna, com musculatura convexa e bem distribuída, produzindo um novilho precoce bem conformado, com rendimento de carcaça acima de 55%.

Outra qualidade inegável da raça é sua capacidade de adaptação aos mais diversos climas e sistemas de manejo. O Guzerá é um grande conversor por natureza e alia carcaça moderna e grande habilidade materna; a vaca guzerá é uma mãe atenta, leiteira e fértil.

Estas características da raça viabilizam sobremaneira o desenvolvimento da Pecuária Familiar no país. A atividade, que tem sua grande vocação na policultura associada à pecuária, tem importante significação econômica, tanto no desenvolvimento regional como na composição da renda das pessoas envolvidas no sistema produtivo.

É importante ressaltar que a produção familiar é um elo fundamental da modernização de certas cadeias agroindustriais devido essencialmente à sua flexibilidade estrutural, tanto no que diz respeito ao processo produtivo, como às fontes de renda. O guzerá na produção leiteira familiar, por exemplo, é economicamente viável, pois proporciona a reversão do processo de degradação ambiental e a melhoria da qualidade de vida do produtor rural, por meio do aumento da renda e da redução de custos.

Mais informações através do formulário abaixo.

Fonte: ContatoCom (por Gualberto Vita)

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