Harvard desestimula consumo de carne e leite

A Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, recentemente atualizou e revisou sua própria Pirâmide Alimentar, com as novas recomendações visando se adaptar às atualidades. No entanto, a pirâmide não considerou novas pesquisas que removem os mitos e conceitos errados que levam à eliminação de alguns tipos de alimentos da dieta.

A Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, recentemente atualizou e revisou sua própria Pirâmide Alimentar, com as novas recomendações visando se adaptar às atualidades. No entanto, a pirâmide não considerou novas pesquisas que removem os mitos e conceitos errados que levam à eliminação de alguns tipos de alimentos da dieta.

A nova Pirâmide Alimentar de Harvard coloca a carne vermelha e os produtos lácteos no topo, ou seja, no grupo de alimentos que deve ser consumido em baixo volume, juntamente com alimentos como açúcares, amido e sais. O artigo completo de Harvard pode ser acessado clicando aqui.

O artigo recomenda um consumo reduzido de carnes vermelhas e manteiga por “conterem muita gordura saturada”. Além disso, afirma que o consumo de muita carne vermelha pode também aumentar o risco de câncer de cólon. O artigo também afirma que se o consumo de carnes vermelhas diário for substituído por peixe, frango ou grãos várias vezes por semana “pode haver melhora nos níveis de colesterol”. O mesmo pode ocorrer “substituindo manteiga por óleo de oliva”, diz o artigo.

O artigo de Harvard também ataca os produtos lácteos, dizendo que o consumo de três copos de leite desnatado por dia ou o consumo de três porções de produtos lácteos por dia para prevenir a osteoporose é outro passo na direção errada. “De todas as recomendações, essa é a que representa a mudança mais radical dos atuais padrões dietéticos. Três copos de leite desnatado por dia representam mais de 300 calorias extras por dia. Esse é um problema real para os milhões de americanos que estão tentando controlar seu peso. Essa recomendação ignora a falta de evidências relacionando o consumo de produtos lácteos e a prevenção de osteoporose. Também ignora o possível aumento no risco de câncer ovariano e câncer de próstata associado com produtos lácteos”, diz o artigo.

Alguns fatos sobre carne bovina:

Uma porção de carne bovina fornece 51% da quantidade recomendada de proteína necessária na dieta. Vários estudos indicam que a carne bovina causa mais satisfação do que os carboidratos após o consumo e que pode ajudar as pessoas a perderem ou manterem seus pesos. Estudos também mostram que dietas ricas em proteínas aumentam os benefícios dos exercícios e estimulam o desenvolvimento muscular, o que é cada vez mais importante para manter a saúde ótima durante a vida.

A reportagem é baseada no blog de Amanda Nolz (http://blog.beefmagazine.com/beef_daily), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

8 Comments

  1. José Roberto Santos Patriota disse:

    Tenho um ponto de vista confergente, com relação ao consumo de carnes, principalmente em forma de frituras e ou mal passadas, acompanhei diversos casos de pessoas com doenças cronicas e degenerativas, com comportamento comum em relação ao consumo de frituras ou carnes mal cozidas ou quibes crus.

    Sou veterinario com trabalho voltado para a produção e sanidade bovina e defendo que haja redução de consumo individual de carnes e aumento de consumo por pessoa, ou seja mais gente comendo carne em menor proporção e acompanhado de muitas verduras e legumes, passei a defender a ideia que carne não é mais alimento, mais complemento alimentar. Todos consomem, mais em proporçoes que satisfaçam as nossas necessidades nutricionais e não necessidades da gula.

  2. pablo antúnez disse:

    Sorprende el resultado del estudio de Harvard. Lo que no aclara al poner la carne roja como un producto nocivo para la salud, es que sólo es la carne de Estados Unidos y no la producida en sistemas pastoriles y libres de hormonas como la uruguaya, brasileña o argentina. Lo curioso es que va a contramano de todos los estudios realizados hasta el momento, donde tanto lácteos como carnes, eran productos saludables.

    Un gran saludo.

  3. Julio Cesar Leiva Muñoz disse:

    Sobre este articulo tengo mis reservas, el problema no es la carne ni la leche sino las malas practicas de alimentacion donde las grandes empresas alimentarias nos venden las ideas de sus productos, como comidas rapidas con una gran serie de aditivos, sasonadores, salsas artificiales etc que si nos estan dañando nuestra salud.

    Mis abuelos y tios que no les toco comer toda esta chatarra han vivido mas de ochenta y noventa años. Con el debido respeto pero creo que hay mucha competencia y deseo de solamente hacer dinero en detrimento de nuestra salud y de nuestras actividades agropecuarias. Todavia no se ha inventado dejar de comer.

    Gracias.

  4. Dalton Francisco Catto disse:

    Minha opinião é bem basica, acho que saúde é um negócio muito sério para deixar na opinião de médicos.

    Fico com a opinião tradicional dos nutricionistas, o bom é comer de tudo um pouco, associado com exercicios.

  5. elio micheloni jr disse:

    É brincadeira! Tem que ser um uruguaio a defender a produção de carne e a pecuária de nossos países. É por isso que somos (pecuaristas) os perdedores do setor. Nada se faz para a defesa do setor que é bombardeado pela mídia diariamente.

    O consumo per capita da Argentina e Uruguai ronda os 70 kg/ano, porque não se faz uma análise clínica nestes consumidores para então se saber a condição de sua saúde. Ou o nosso negócio acaba por falta de consumidor ou a carne vermelha “se vende por si só”!

  6. Fábio Talayer Torres disse:

    Concordo com Pablo e Julio Cesar.

    Os hábitos alimentares americanos não servem de base para uma pesquisa que trata de saúde. Como bem disse Pablo a carne americana é feita a base de grãos e aditivos alimentares (hormônios, antibióticos, etc). Diferente da carne produzida no Brasil, Uruguai e Argentina que é basicamente a pasto.

    Outro parâmetro é como esta carne é ingerida. Uma boa carne assada com verduras temperadas com azeite de oliva é uma refeição extremamente saudável. É só pegar os hábitos alimentares de cidades aonde se tem uma alta longevidade populacional. A carne e os lácteos quase sempre estão presentes em sua dieta.

    Ainda é válido ressaltar que nós humanos somos onivoros, precisamos de proteina animal de alta qualidade para o perfeito funcionamento do organismo.

    OBS: Aquele que diz que leite de soja é gostoso, é porque nunca provou um bom leite de vaca de verdade.

  7. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Como sempre, é preciso muito cuidado com estes artigos.

    São propagados por uma imprensa pouco crítica, interessada e retroalimentada pelo sensacionalismo.

    Como regra geral, não há mais jornalismo investigativo, e sim mera transcrição de press releases gerados por pesquisadores e entidades que se beneficiam de fundos de pesquisa, fringe benefits e mesmo honorários diretos concedidos pela indústria alimentícia, farmacêutica etc etc etc.

    Muitas vezes, como no caso do aquecimento global, há uma retroalimentação do próprio meio científico. Eu digo que a temperatura vai aumentar, você estuda créditos de carbono, nosso amigo faz uma ONG para combater o desmatamento. Todos nos citamos favorável e mutuamente nos artigos que publicamos. Quanto mais negros os cenários que pintarmos, mais verbas virão para que nos mantenhamos estudando alternativas “redentoras”.

    Pesquisador que disser que está tudo bem, e que não existe uma causa única para nenhum problema científico, estará condenado a sobreviver do salário, e a ver minguarem os recursos para seus projetos, congressos e cursos no exterior, etc etc etc.

    Quem se interessar pelo assunto pode pesquisar na Internet sobre “An Epidemic of Obesity Myths” e “The Great Global Warming Swindle”.

  8. Antonio Sena Maranhão disse:

    A carne de frango deve ser vista com reserva, pois como todos nos sabemos, é recheada de Antibioticos, Anabolizantes, etc., nunca li um estudo sobre pesquisa das substancias acima citada, na carne de frango, acho que existem vontades das Grandes Empresas, não divulga-las, ja li umas em Universidade, é uma bomba!

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