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Henrique Freitas: ouça seu cliente e entenda o que ele precisa [Workshop BeefPoint Marcas de Carne]

A busca por uma maior agregação de valor aos produtos de origem animal e carne de alta qualidade estão cada dia mais presentes, embora ainda seja um caminho difícil, mas perfeitamente possível. O tema do próximo Workshop BeefPoint será Marcas de Carne e acontecerá nos dias 20 e 21 de novembro, em São Paulo.

Da mesma forma, o Workshop BeefPoint Marcas de Carne, será um evento no qual iremos reunir quem há anos trabalha com esse nicho de mercado. Vamos conhecer os inovadores em nosso setor que têm trabalhado para produzir um produto com valor agregado e que seja bem aceito pela maioria dos consumidores. Serão apresentados estudos de caso, troca de experiências e conhecimento, em um ambiente de conversa e debate. Será um encontro de discussões em alto nível, para conhecer quem tem feito um excelente trabalho no Brasil.

Para conhecer melhor os palestrantes do Workshop BeefPoint Marcas de Carne, preparamos uma série de entrevistas com cada um deles. Além dos palestrantes, vamos conhecer também o trabalho de profissionais que trabalham com carnes de marca, donos de casa de carnes e restaurantes que trabalham com carne de qualidade e que são referência no país.

Confira a entrevista com Henrique Manoel Galves de Freitas,  médico veterinário e gerente do programa Swift Black do JBS, um dos palestrantes confirmados do Workshop BeefPoint Marcas de Carne.

BeefPoint: Por favor conte um pouco do histórico da criação da sua marca de carnes.

Henrique Freitas: Swift Black foi criado em 2010 para representar um projeto de produção de carnes de alta qualidade para atender os clientes do food service de alta gastronomia, com o objetivo de entregar mais que uma simples refeição e sim uma verdadeira experiência com a carne. A escolha do nome foi baseada no mercado premium aonde identificamos que a palavra “Black” está associada a produtos de luxo como Black Label, Mastercard Black, entre outros. E associada a marca global da JBS, Swift, junto com o posicionamento da marca, equipe dedicada e controle de todos os processos, iniciamos a marca Swift Black.

BeefPoint: Atualmente, quais os maiores desafios para consolidar uma marca de carne?

Henrique Freitas: Os principais desafios, na minha visão, são geral ou sistêmicos como a mentalidade do frigorífico, ou seja, antes não tínhamos a cultura de construção de marca sempre chamamos carne de coxão mole, contra filé e picanha, etc e agora passamos enxergar a oportunidades em construir marca.

E também a dificuldade de implementar a identificação e comunicação, sendo que os locais que vendem carne não tem cultura de marca ainda – PDV. Existe uma grande complexidade em colocar várias marcas no autosserviço e no balcão de atendimento. Além dos desafios próprios como padronizar os processos, garantir a demanda, serviço e resistir as “tentações”.

BeefPoint: O que precisa evoluir no setor para que aumente a produção de carne com qualidade?

Henrique Freitas: “Ouvir” e entender melhor quem compra essa carne, fomentar o que realmente o mercado precisa. A cadeia produtiva seja ela de carne ou qualquer outro produto só perdura e cresce se todas as partes estiverem ganhando. Ex: pecuarista – frigorífico – cliente.

BeefPoint: Quais as ações você tem feito para educar e fidelizar o cliente que está buscando carne bovina com marca?

Henrique Freitas: Nosso negócio é sustentado por 3 pilares:

  • Produto de qualidade superior
  • Preço constante
  • Serviço

Levamos a nossos clientes uma experiência com a carne Swift Black, oferecemos solução, por meio de planejamento e produtos exclusivos.

BeefPoint: O que deveria ser feito para melhorar o marketing da carne no Brasil?

Henrique Freitas: Melhorar a execução no ponto de venda, tanto no food service como no varejo, precisamos valorizar mais a marca do que o preço.

BeefPoint: Em sua opinião qual o país é referência na produção de carne com qualidade? O que ele tem feito de diferente?

Henrique Freitas: O Uruguai é uma boa referência, pois aproveita seus recursos naturais, os divulga e promove sua cadeia. No entanto cabe comentar que assim como os Estados Unidos e a Austrália estão estandardizando a carne e não criando marcas.

BeefPoint: Quais são marcas de carne no Brasil hoje que você considera referência?

Henrique Freitas: Swift Black, Swift e Taeq.

BeefPoint: Em sua opinião qual setor serve de referência para a pecuária no que diz respeito a marketing e por quê?

Henrique Freitas: Podemos ter como referência água, óleo de cozinha e gasolina, todos dentro de sua categoria possuem a mesma característica de produto e vendem diferencial de marca. Na pecuária temos que seguir o mesmo exemplo, o diferencial do produto é somente um dos pilares na construção de marca.

BeefPoint: Qual o exemplo de profissional dessa área você mais admira?

Henrique Freitas: Admiro muito o trabalho do Marcelo Shimbo atual prime cater e ex-JBS. Além de ser um profissional com visão holística do processo, lida muito bem com todos os lados da cadeia produtiva, excelente exemplo.

BeefPoint: O que você fez em 2013 que te trouxe mais resultados?

Henrique Freitas: Foco em todos os clientes potenciais, desenvolvimento de novos cortes, fidelização e abertura de novas praças.

BeefPoint: O que você pretende fazer em 2014? Quais são seus planos?

Henrique Freitas: Sedimentar a consolidação da marca em nível nacional e aumentar em 20% nossa capacidade.

BeefPoint: Que mensagem você deixaria para aqueles que desejam criar e consolidar uma marca de carne em nosso país?

Henrique Freitas: Ouçam o seu cliente, entenda o que ele precisa, defina o caminho e padronize os processos. Uma marca só é marca quando o cliente associa sua experiência a determinado logo ou nome.

Confira abaixo mais imagens do Swift Black:

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Apresentação do Swift Black

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T-bone Swift Black

Chorizo Swift Black

Confinamento

Participe do Workshop Marcas de Carne – 20 e 21 de novembro de 2013

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2 Comments

  1. Wilhelm Leidemmann Voss disse:

    Parabéns pelo teor da reportagem. Conheço o trabalho do Shimbo e do Henrique. O Henrique é incansável na busca pelo seu ideal de construção da marca Swift Black. É de se admirar e serve de espelho e exemplo para qualquer empresa do segmento, em qualquer porte. Todos vendem o trivial, mas poucos vendem o produto que o cliente quer, seja de qual classe for. O óbvio todos fazem, mas o diferencial poucos buscam. No setor frigorífico onde cada vez mais conta-se cada centavo em busca do ebtida ideal, posicionamento de marca, precificação adequada e agregar sua imagem e nome ao produto que vende, deve ser o diferencial para colocação na gôndola junto ao seu produto, encantando e fidelizando seu cliente. O mercado está em busca do diferencial, seja diferente para fazer a vez! Parabéns Henrique!

  2. Rubem Anjos disse:

    Excelente matéria. Parabéns!