Holanda: cadeia da carne busca agregar valor

O sistema de qualidade da Holanda -Controle Integrado da Cadeia (Integrated Chain Control – IKB) – está pronto para os mercados de valor agregado.

A crescente competição dos países de baixa renda significa que a União Européia (UE), e, por conseguinte a indústria de carnes e animais domésticos da Holanda, terá que focar cada vez mais nesses mercados premiums.

O mercado doméstico da UE será o principal alvo, mas os mercados de fora do bloco europeu também são importantes. O setor de carnes da Holanda terá desta forma que se concentrar cada vez mais em aspectos como segurança alimentar, logística, qualidade e demandas específicas dos consumidores.

Os setores da indústria de carnes e animais domésticos da Holanda têm um alto grau de auto-suficiência. A exportação de produtos agrícolas é extremamente importante em todos os setores. Durante os últimos 10 anos, entretanto, os Estados Unidos, alguns países da América do Sul, Canadá e Tailândia, por exemplo, tornaram-se importantes participantes do mercado mundial. Isso terá implicações para a posição dos setores de animais domésticos da Europa e da Holanda.

Para que o setor de carnes da Holanda possa manter seu foco em pontos como segurança alimentar, logística, qualidade e demandas específicas dos consumidores, terá que investir em conhecimento e desenvolvimento de mercados.

O mercado consumidor está se tornando cada vez mais diverso, parcialmente devido ao crescente número de famílias menores e pessoas solteiras, ao envelhecimento da população e a uma sociedade mais multicultural. A tendência de alta no número de mulheres que trabalham fora impulsionará a demanda por alimentos convenientes. Além da conveniência, os consumidores estão cada vez mais buscando sabor e variedade.

A sociedade está constantemente demandando padrões mais rígidos na produção de carnes. As razões para estas tendências estão no fato de que os consumidores atuais tendem a ser mais bem informados e são mais influenciados pela mídia. A conclusão disso é que eles se tornaram mais críticos. A inovação nos métodos de produção e o desenvolvimento de produtos são desta forma, cruciais.

Atualmente, existe maior probabilidade da carne ser vendida em redes de varejo. Os supermercados estão pressionando seus fornecedores para permitir que as demandas dos consumidores sejam satisfeitas. Também existe uma tendência crescente de os supermercados comprarem bens em todo o mundo. Eles querem fornecedores regulares que possam distribuir grandes quantidades de bens com uma qualidade consistente. A preferência é também por fornecedores que se preocupem com as operações logísticas como um todo.

Esses desenvolvimentos estão forçando os vários setores da cadeia de produção de carnes a trabalharem juntas. Somente assim eles podem garantir qualidade e segurança alimentar.

O sistema de qualidade holandês IKB já tem a base para este tipo de cooperação conjunta requerida. Por este sistema estar credenciado com o padrão europeu EM 45011, o setor de carnes da Holanda garante os requerimentos de qualidade que tenta cumprir. Além disso, como resultado do conhecimento e da experiência acumulada, bem como de sua favorável posição geográfica próxima aos grandes centros consumidores, os holandeses já estão em uma posição excelente para fornecer a esses mercados de alta qualidade produtos que os consumidores querem comprar.

Fonte: Dutch Meat Board, adaptado por Equipe BeefPoint