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Holanda leva a sério a identificação de animais

Enquanto no Brasil a rastreabilidade ainda dá os primeiros passos e a adesão dos pecuaristas cresce gradativamente, na Holanda 100% do rebanho é identificado. Com rebanho de aproximadamente quatro milhões de cabeças (entre bovinos de corte, leite, ovinos e suínos), a Holanda está entre os países que possuem o mais eficiente controle de dados sanitários, produtivos e genéticos do rebanho no mundo.

De acordo com o membro da Associação Holandesa de Pecuária de Corte, Kees van Velzen, há pelo menos uma década todo o rebanho holandês é identificado de forma obrigatória. “Em outras regiões essa obrigatoriedade não tem nem dois anos. O Brasil, por exemplo, iniciou esse processo apenas em 2002. Isso mostra o quanto nós estamos preocupados com nosso rebanho e, principalmente, com nossos consumidores, que exigem qualidade de origem”, afirma.

De fato, a Holanda foi um dos países que conseguiu controlar diversos problemas sanitários, como a “vaca louca” e a febre aftosa, o mais rápido possível. “Se ocorrer algum foco das doenças, rapidamente montamos barreiras e eliminamos os rebanhos contaminados. Hoje estamos totalmente livres dessas enfermidades e nossos consumidores estão cada vez mais seguros dos produtos que chegam em suas mesas”, explica o dirigente.

O sistema de identificação utilizado pelos produtores holandeses é o de brincos visuais. São colocados quatro, dois em cada orelha, sendo que pelo menos três possuem a mesma numeração, com dez dígitos, e um com numeração de quatro dígitos. “Os brincos que possuem dez dígitos são para o controle nacional e o outro, com quatro dígitos, é para controle interno do fazendeiro. Esses números são únicos, isentos de falhas, e vão diretamente para um banco de dados central privado, como o NRS, divisão da Holding CR Delta e VRV, cooperativa Belgo/Holandesa com mais de 44 mil membros.

A NRS detém cerca de 90% do mercado holandês de identificação, certificação e rastreabilidade na Holanda. “Anualmente, processamos dez milhões de registros e mais 200 mil tipos de classificações de rebanho. É importante ressaltar, que além de dar maior segurança para nossos consumidores, a rastreabilidade também é uma importante ferramenta para os pecuaristas. No caso do leite, por exemplo, os produtores têm controle rígido de produção, porcentagem de gordura e proteína, além de dados sanitários e reprodutivos. Pelo menos na Holanda, todos os fazendeiros entendem essa necessidade e a adesão é de 100%”, confirma van Velzen.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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