Iagro descarta suspeita de mais um foco de aftosa no Paraguai

O diretor da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), Alexandre Auler Krabbe, descartou a denúncia segundo a qual haveria uma segunda suspeita de foco de febre aftosa no Paraguai, na região de Capitan Bado, a 40 km de Aral Moreira.

A informação de suspeita da doença na região paraguaia foi repassada por telefone aos veterinários do escritório do Iagro, em Ponta Porã, por um produtor que teria propriedades nos dois países. Contudo, após averiguação por parte dos técnicos, que não podem entrar no Paraguai e por isso informaram a suspeita ao Serviço de Sanidade Animal do Paraguai (Senacsa), foi detectado que a denúncia não procede.

Krabbe ressaltou que o Iagro continua mantendo barreiras sanitárias que impedem a entrada de gado do Paraguai na região de fronteira. São mais de 150 pessoas, entre veterinários e técnicos, policiais militares e efetivo do Exército que atuam na operação. Foram montadas 22 barreiras (fixas e móveis), com enfoque principalmente na região sul do Estado, mais precisamente no município de Sete Quedas, que faz divisa com o departamento de Canideyu, onde há suspeita de focos da doença.

Ocorrência de novos casos ainda não foi descartada

Especialistas dos países da Bacia do Prata ainda não descartaram a ocorrência de casos clínicos de aftosa em Corpus Christi, no Paraguai. O Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) espera o resultado da sorologia e do teste Pro-Bang na propriedade suspeita e granjas lindeiras até quarta-feira (30).

Os exames estão sendo feito no Lapa. Segundo o diretor do Panaftosa, Eduardo Correa, independente dos exames, a auditoria multinacional, encerrada na última semana, concluiu pela necessidade de ação sanitária e fiscalização conjunta na fronteira com o Mato Grosso do Sul. O relatório da inspeção aconselha ampla sorologia na área e maior rigor quanto à segurança nas propriedades vistoriadas.

Correa reunirá os representantes de autoridades sanitárias dos dois países até sexta-feira (01).

Fonte: Correio do Estado/MS (por Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint