A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e o sistema de defesa sanitária de Mato Grosso do Sul não recebem recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há um ano. Segundo informou o secretário da Produção e do Turismo, José Antônio Felício, o último repasse de verbas federais aconteceu em julho de 2002. “Foram R$ 3 milhões que o Iagro recebeu”, afirmou.
De lá para cá, o sistema e o Iagro vêm operando com recursos próprios e com as verbas do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa). A cobrança incondicional dos pagamentos devidos por indústrias frigoríficas ao Fefa, assim como o órgão tem cobrado de forma contundente toda e qualquer multa por autuação ou outro tipo de irregularidade, tem um objetivo claro: manter funcionando todo o Sistema de Fiscalização e Operacionalização da Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul.
“Essa questão de recursos é primordial. Se não arrecadarmos o que é de direito, o Iagro corre o risco de parar de funcionar”, disse Felício, que ontem (15) reuniu a imprensa para esclarecer a suspensão da emissão de guias de trânsito animal para os frigoríficos devedores do Fefa.
Eram 11 devedores do Fefa. Quatro acertaram na segunda-feira (14) boa parte do débito que, pelos cálculos de Felício, atingia cerca de R$ 400 mil. A expectativa é que o débito todo seja quitado até o fim desta semana e todas as indústrias voltem a operar. O certo, no entanto, é que, daqui para frente, quem atrasar o pagamento vai ter o abate suspenso, pois o Fefa não pode abrir mão desses recursos, que praticamente estão sustentando o sistema de defesa sanitária animal e vegetal do Mato Grosso do Sul.
Fonte: Correio do Estado/MS (por Maurício Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint