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IBAMA comemora sucesso da Operação Boi Pirata 2

Após oito meses de fiscalização intensa em Novo Progresso (PA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encerra nesta semana a Operação Boi Pirata 2. O coordenador geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, considerou que a operação foi bem sucedida, e atribuiu a ações como esta o menor índice anual de derrubada da floresta dos últimos 20 anos, em 2009.

Após oito meses de fiscalização intensa em Novo Progresso (PA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encerra nesta semana a Operação Boi Pirata 2.

Como marco do término dos trabalhos, mil cabeças de gado que eram criadas irregularmente na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, e em outras localidades embargadas pela fiscalização, foram retiradas do município, que é líder da lista das 43 cidades brasileiras que mais desmatam a Amazônia.

Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, o coordenador geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, considerou que a operação foi bem sucedida, e atribuiu a ações como esta e à Operação Boi Pirata 1, que aconteceu na Terra do Meio, também no Pará em 2008, o menor índice anual de derrubada da floresta dos últimos 20 anos, em 2009.

Para ele, o maior resultado destas ações é a criação de marcos exemplares. “A grande mensagem que esta operação traz para toda a Amazônia é que, agora, quem fizer o processo de desmatamento ilegal para a implantação de pecuária extensiva, corre o risco de ver todo esse investimento cair por terra, uma vez que o Ibama pode apreender esse gado que está sendo criado de forma ilegal”, disse.

Barbosa acrescentou que esta foi a maior operação já realizada pelo Ibama. “Foi a maior, a que mais recursos aéreos utilizou, que mais gente utilizou. A participação da Força Nacional de Segurança Pública foi fundamental, teve a contribuição dos órgãos do governo do Pará. O Mato Grosso contribui, agora, para a destinação do gado, o Ministério do Desenvolvimento Social, o governo da Bahia, todos foram importantíssimos para essa boa conclusão”, destaca.

As mil cabeças de gado foram distribuídas para programas sociais dos governos do Pará, de Mato Grosso e da Bahia. De acordo com o coordenador, o Ibama já preparou, no final do ano passado, a terceira e a quarta edições da Operação Boi Pirata para 2010, mas não há previsão de data para o início dos trabalhos. Os locais também não foram revelados.

O custo da Operação Boi Pirata 2 foi de aproximadamente R$ 2 milhões. Além do gado apreendido, estão embargados 50 mil hectares de terras, que o Ibama deve continuar monitorando por satélite. Caso sejam identificadas novas clareiras na floresta, o órgão não descarta a possibilidade do retorno das equipes ao local.

O proprietário, Marcos Gonçalves Queiroz, nega que tenha sido notificado para retirar o gado da área. “Até as galinhas eles querem tirar. Já morreram algumas vacas, mas não estamos reagindo”, afirmou. Queiroz afirma ter chegado à região antes da criação da Floresta Nacional do Jamanxim. Calcula seu prejuízo em R$ 500 mil. Ontem, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) analisava o caso.

O coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, disse que a operação vai continuar em 2010: “Nosso objetivo não é pegar bois para dar ao Fome Zero, mas zerar o desmatamento na Amazônia”.

As informações são da Agência Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Pablo Riccetto Brena disse:

    Mi pregusnta es si los precios de novillos son con 30 dias, porque en Uruguay siempre escuche que en Brasil el novillo se paga en pie y al contado ( antes de salir el camion se deposita el cheque ).

    Desde ya muchas gracias por toda la informacion que nos brindan, es muy util.

    saludos Pablo Riccetto

  2. Durval Martins da Silveira disse:

    Combater o desmatamento ilegal é papel de toda sociedade,agora denominar a esse processo de “boi pirata”,jogará nas costas da bovinocultura brasileira,toda a problemática, que é conjuntural na minha opinião e desta forma precisa ser assumida as responsabilidades por todos os seguimentos da socidade brasleira.O produtor rural não pode e nem deve ser sozinho o vilão.O governo federal tem que tirar a política do caminho e chamar para si a maior parte desta tarefa.
    O Brasil é maior exportador mundial de carne bovina inatura,portanto esse setor é um grande gerador de divisas.
    Mais respeito e responsabilidade com a bovinocultura é o que devemos ter.
    Durval Silveira
    CRMV MS 0803