No 2º trimestre de 2006, o abate de bovinos teve aumento de 6,32% com relação ao 1º trimestre de 2006 e de 2,74% com relação ao 2º trimestre de 2005. O abate total ficou em torno de 7,529 milhões de cabeças. O abate de bois representou no período 45% do total de bovinos, vacas, 39% e novilhos, 16%.
No 2º trimestre de 2006, o abate de bovinos teve aumento de 6,32% com relação ao 1º trimestre de 2006 e de 2,74% com relação ao 2º trimestre de 2005. O abate total ficou em torno de 7,529 milhões de cabeças. O abate de bois representou no período 45% do total de bovinos, vacas, 39% e novilhos, 16%. O abate de fêmeas no 2º trimestre de 2006 foi 4,85% maior do que o verificado no mesmo período de 2005, mas ficou praticamente estável (+0,70%) em relação ao 1º trimestre de 2006, indicando uma reversão da tendência de abate de matrizes.
Gráfico 1. Evolução da taxa de abate de vacas
Os principais estados em abate de bovinos, no 2º trimestre de 2006, foram Mato Grosso (15,59%), São Paulo (13,79%) e Mato Grosso do Sul (12,85%).
No mercado interno, as principais informações sobre a pecuária bovina ficaram voltadas aos problemas de comercialização da produção, sobretudo em conseqüência dos focos de aftosa ocorridos nas regiões centro-oeste e sul do país. Isto ocasionou a pouca expansão do abate registrada do período apesar dos sinais de recuperação.
Um exemplo desta recuperação foi o fato de a partir de junho, criadores de gado da região centro-sul do estado do Pará poderem comercializar animais vivos e carne bovina com osso para os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.
Outros motivos apontados para a leve recuperação são o aspecto tributário e a política cambial no período. Segundo alguns analistas de mercado, desde outubro do ano passado, quando foram registrados os primeiros focos de aftosa em Mato Grosso do Sul, o setor passou a sofrer queda de preço causada por um relativo desinteresse no produto. A exportação bloqueada também forçou a venda para o mercado interno, pressionando mais os preços.
As exportações de carne bovina no 2º Trimestre de 2006 tiveram redução no volume total de 9,05% com relação ao mesmo período do ano passado, a dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Segundo esta fonte, o faturamento, entretanto, apresentou variação positiva, 7,06%, como resultado da elevação do preço da tonelada de carne comercializada, de US$2.211 no mesmo período do ano passado para US$2.603 no trimestre em análise.
A queda no volume exportado de carne bovina é tida como uma conseqüência dos focos de febre aftosa nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná em outubro de 2005. A partir deste momento vários países suspenderam as compras do produto brasileiro. A Rússia, por exemplo, vetou à importação das carnes brasileiras no dia 12 de dezembro, reabrindo somente após visita técnica feita no final do 2º trimestre.
O Chile também suspendeu a compra do produto brasileiro, reabrindo a comercialização em junho, quando o Ministério da Agricultura Chileno autorizou os embarques de carne de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O país levantou embargo aos dois estados brasileiros depois que representantes chilenos do Ministério da Agricultura e Pecuária vistoriaram as instalações brasileiras, confirmando que aqueles estados não registraram focos de febre aftosa. O Chile suspendeu as compras de carne brasileira no ano passado argumentando que o Brasil não teria condições de conter o avanço da doença para outras áreas. Antes do embargo, o Chile correspondia a 8% das vendas brasileiras de carne em receita e 9% em volume, de acordo com os dados do governo. O Chile também enfrentou volatilidade dos preços no mercado local depois que a Argentina interrompeu as exportações de carne bovina no início deste ano.
Por outro lado, a demanda por carne cresce em países emergentes, sobretudo nos produtores de petróleo, como os do Oriente Médio, Rússia e Leste Europeu. É fato de que com o aumento da renda, renda esta gerada pelo petróleo, o consumo de carne tende a aumentar.
Produção de couro
A aquisição de couro pelas indústrias no 2º trimestre de 2006 teve variação positiva de 5,54% com relação ao trimestre imediatamente anterior e de 7,97% com relação ao 2° trimestre de 2005. Foram adquiridas 10,542 milhões de peças de couro no 2º trimestre de 2006.
Quanto ao couro industrializado, a variação foi de 3,32% com relação ao 1º trimestre de 2006 e de 8,87% com relação ao 2º trimestre de 2005. Em volume houve a industrialização de 10,506 milhões de peças de couro. Acredita-se que este descolamento entre o couro adquirido e o industrializado esteja relacionado a grande utilização de estoque sobretudo no estado de Piauí.
Os principais estados em aquisição de couro no acumulado dos seis primeiros meses de 2006 foram: São Paulo (22,44%), Rio Grande do Sul (12,92%), Mato Grosso (11,74%) e Mato Grosso do Sul (10,82%). A principal fonte de aquisição de couro foram os matadouros frigoríficos seguido por intermediários ou salgadores.
Fonte: IBGE