Após dois anos seguidos de queda, o abate de bovinos voltou a crescer em 2022, totalizando 29,80 milhões de cabeças. Os dados fazem parte da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (15) pelo IBGE.
Foram abatidas 29,80 milhões de cabeças de bovinos em 2022, representando um aumento de 7,5% (2,09 milhões de cabeças a mais) frente a 2021. “O aumento de 19,1% do abate de fêmeas foi fundamental para essa retomada. São os ciclos da pecuária. Depois de um período de retenção das vacas para procriação, seguido pela entrada dos bezerros no mercado e sua consequente desvalorização pelo aumento da oferta, as fêmeas começam a ser destinadas ao abate”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Viscardi.
Mato Grosso continuou liderando o ranking em nível nacional no abate de bovinos em 2022, com 15,8% da participação, seguido por São Paulo (11,5%) e Mato Grosso do Sul (11,0%).
Abate de bovinos volta a subir em 2022
Em 2022, foram abatidas 29,80 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), com alta de 7,5% frente ao ano anterior.
Esse resultado interrompeu a série de dois anos consecutivos de retração na atividade. Todos os meses apresentaram variação positiva em relação aos respectivos períodos de 2021, com destaque para setembro, quando foi registrado um aumento comparativo de 33,6%.
Em 2022, foi retomado o abate de fêmeas após três anos de retração, com alta de 19,1% ante o ano anterior. Nesta comparação, houve queda de 8,5% nos preços médios (CEPEA/Esalq). O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (1,99 milhões de toneladas), na série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O abate de 2,09 milhões de cabeças de bovinos a mais, ante 2021, foi causado por aumentos em 23 das 27 UFs. As maiores altas foram em São Paulo (+529,27 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+320,74 mil cabeças), Minas Gerais (+229,26 mil cabeças), Rondônia (+182,11 mil cabeças), Pará (+171,93 mil cabeças) e Tocantins (+153,95 mil cabeças). Já as maiores quedas ocorreram em Goiás (-22,62 mil cabeças) e Santa Catarina (-5,89 mil cabeças).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2022, com 15,8% da participação nacional, seguido por São Paulo (11,5%) e Mato Grosso do Sul (11,0%).
No 4º trimestre de 2022, foram abatidas 7,49 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 7,7% frente ao 4º trimestre de 2021 e redução de 5,4% em relação ao 3º trimestre de 2022.
O abate de 533,10 mil cabeças de bovinos a mais no 4º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 21 das 27 UFs.
Aquisição de couro aumenta 2,4% em 2022
Em 2022, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 30,11 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 2,4% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi setembro (+22,7%).
O aumento de 823,91 mil peças inteiras de couro, frente a 2021, foi influenciado pelo maior recebimento de peles bovinas em 13 das 18 UFs incluídas na pesquisa. As maiores altas foram em Mato Grosso do Sul (+347,86 mil peças), Rondônia (+247,75 mil peças), Mato Grosso (+181,41 mil peças), São Paulo (+117,90 mil peças), Rio Grande do Sul (+58,12 mil peças) e Paraná (+22,19 mil peças). A queda mais intensa foi em Goiás (-57,41 mil peças).
Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2022, com 16,6% de participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,8%) e São Paulo (11,1%).
Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 7,62 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2022. Essa quantidade representa um aumento de 5,4% em comparação à registrada no 4º trimestre de 2021 e redução de 4,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Fonte: IBGE.