No primeiro trimestre de 2007, foram abatidos 7,9 milhões de cabeças de bovinos, aumento de 11,3% em relação ao mesmo período de 2006. O aumento do volume de animais abatidos se deve principalmente a um aumento no número de vacas abatidas no primeiro trimestre do ano. Em relação ao 4º trimestre de 2006 o abate de vacas aumentou 19,20%%, isso significa um crescimento de 460 mil animais.
No primeiro trimestre de 2007, foram abatidos 7,9 milhões de cabeças de bovinos, aumento de 11,3% em relação ao mesmo período de 2006. Se comparado ao 4º trimestre do ano passado o crescimento no número total de bovinos abatidos foi de apenas 0,9%. Deste total, 45,9% corresponde a bois, 38,6% a vacas, 15,4% a novilhos e 0,08% a vitelos. O aumento do volume de animais abatidos se deve principalmente a um aumento no número de vacas abatidas no primeiro trimestre do ano.
Gráfico 1. Abate total de bovinos de janeiro de 2006 a março de 2007
Em relação ao 4º trimestre de 2006 o abate de vacas aumentou 19,20%, isso significa um crescimento de 460 mil animais. Comparando o 1º trimestre de 2007 com o mesmo período de 2006, o aumento foi de 4,9%.
Gráfico 2. Abate de fêmeas por trimestre
Quanto a distribuição dos estabelecimentos de abate pesquisados, 33,3% estavam localizados no sul do país, 33,7% no Nordeste e 14,7% no Sudeste. Porém, em volume de abate, Mato Grosso ficou com 15,4% do total nacional, São Paulo com 13,4% e Mato Grosso do Sul com 13,3%.
Couro
No 1º trimestre de 2007 foram adquiridas 10,8 milhões de unidades de peças de couro inteiro de bovinos. Em relação ao 1º trimestre de 2006 observou-se um aumento de 8%, enquanto se compararmos o período ao 4º trimestre de 2006, ocorreu uma redução de 1%.
Em relação ao tipo de estabelecimentos que venderam as peças aos curtumes, 61,1% de todo couro veio de matadouros e frigoríficos. O couro recebido de terceiros representou 22,1% do total, e os adquiridos de intermediários e salgadores, 14,2%.
Gráfico 4. Aquisição de couro de janeiro de 2006 a março de 2007
André Camargo, Equipe BeefPoint, com dados do IBGE
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Eu venho alertando para o volume sempre crescente de fêmeas indo para o abate já há 2 anos, sempre chamando a atenção dos produtores para o fato de que se a prática continuar teremos sérios problemas de reposição em breve e mesmo assim, não acreditando numa reação do boi e por conseqüência de toda a cadeia da carne, continuam abatendo fêmeas.
Se tem alguém que tem culpa no cartório esse alguém são os frigoríficos, que batem recordes seguidos de lucro e volume de exportação e continuam pisando no pescoço do produtor, que por sua vez desanimado e vendo a cana de açúcar remunerando infinitamente melhor as suas terras sem que precisem sequer trabalhar, estão migrando em bandos para a locação de seus imóveis rurais.
Não custa alertar mais uma vez “Os frigorificos estão matando a galinha dos ovos de ouro!!” Só para encerrar, eu vi outro dia um economista dizendo que para atingir a remuneração da poupança seria preciso que a arroba estivesse hoje sendo negociada a R$80,00, e ainda tem gente que acha que o campo é uma mina de dinheiro.
Fico triste com essa notícia apresentada, pois existe uma grande demanda de fêmeas no mercado para que aumentemos a quantidade de animais nascidos. A grande maioria dessas fêmeas, na realidade, ficam vazias porque o manejo nutricional e sanitário é deficitário e isto contribui para o descarte.
Me considero feliz de ter evitado que várias matrizes fossem para o abate e que fosse dada uma segunda chance às mesmas em termos reprodutivos ,desde que fosse feito o manejo sanitário e nutricional adequado e estas ainda continuam nos rebanhos.
Gostaria de salientar que muitas vezes a falha de uma matriz em estar prenhe, refere-se ao manejo alimentar inadequado e também com relação à parte de suplementação de energia, proteína, minerais e vitaminas na maioria das propriedades do Centro-Oeste.
Aqui no RS vendeu-se terneiro desmamado, em feiras especializadas, à R$800,00/cabeça.
Será que este comprador vai ganhar dinheiro com este produto? É viável uma pecuária assim? Não tem mais “criador” por aqui, ceifaram todos no último “apagão” rural. Depois queremos ser recordistas mundiais.
Nossa pecuária tem o mérito de ser grande porque nosso Brasil o é! Só por isso, nossa pecuária é do tamanho da nossa geografia. Nada tem-se feito por ela.
Gostei muito deste artigo.
Gostaria de lembrar que os dados de 2006 e 2007 ainda são preliminares. Na divulgação do IBGE, os dados referentes ao abate de vacas no 4º trimestre de 2006 é um pouco maior, 2651 mil animais, indicando que a tendência do abate de fêmeas adultas cresceu 14,9% no período. Os dados definitivos de 2006 estarão disponíveis em breve.
Uma novidade na divulgação é que o abate de novilhas foi separada do de novilhos. O abate de novilhas cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2007 em relação ao 4º trimestre de 2006, enquanto o abate de novilhos diminuiu 6,0%.
Gostei muito dos assuntos aqui colocados, é a primeira vez que acompanho de perto a crise que se encontra nossa pecuária.
Seria interessante fazer uma amostragem de DNA nos couros visando a sexagem dos mesmos. Isso revelaria muito sobre o que pode acontecer na pecuária brasileira no futuro próximo.
Se estes 37,6% a mais de couros em relação aos abates contabilizados, forem majoritariamente fêmeas, aí o bicho vai pegar mesmo. Porque, daqui a pouco, as fêmeas vão sumir do abate.
Na, verdade, este é mais um dos setores que estão apresentando oscilações radicais. Uma nova ordem está por vir, novos ciclos e parametros deverão ser estudados, e nos prepararmos para isto.