Síntese Agropecuária BM&F – 31/03/2005
31 de março de 2005
3ª Etapa do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças
4 de abril de 2005

IBGE: abate de fêmeas foi de 34% em 2004

Dados compilados pelo IBGE indicam que no quarto trimestre de 2004 foram abatidas 6,682 milhões de cabeças de bovino, indicando um aumento de 13,14% sobre o quarto trimestre de 2003 e queda de 3,57% sobre o terceiro trimestre de 2004.

Por categoria, o maior abate de animais ocorreu com os bois, aumento de 5,64% sobre o mesmo período do ano anterior e queda de 0,22% sobre o terceiro trimestre de 2004. Em seguida, vem o abate de vacas com 2,163 milhões de cabeças, aumento de 24,92% e queda de 9,47% sobre, respectivamente o quarto trimestre de 2003 e terceiro trimestre de 2004.

Pode-se constatar que sobre o quarto trimestre de 2003, as demais categorias também apresentaram aumento: 12,57% em vitelos e 17,07% em novilhos. Já com relação ao terceiro trimestre de 2004, todas as categorias apresentaram reduções no número de animais abatidos com exceção de vitelo, que apresentou aumento de 4,39%.

Considerando o ano como elemento de ponderação, os meses de agosto, julho e dezembro foram os de maior abate de animais. O número de bovinos abatidos no ano de 2004 foi de 26,010 milhões de cabeças, indicando um aumento de 20,17% sobre o ano anterior. Deste total, 49% corresponderam ao abate de bois, 34% ao abate de vacas, 15% ao abate de novilhos e 0,1% ao abate de vitelos.

Em termos proporcionais, observa-se uma leve redução da participação do abate de bois, que no ano anterior foi de 53%, e aumento na participação do abate de vacas, que em 2003 foi de 31%. Tal situação já era esperada tendo em vista o crescimento do abate de vacas que vem sendo registrado pela pesquisa desde o segundo semestre de 2002.

Por Unidade da Federação, São Paulo é a que apresenta maior número de animais abatidos sob inspeção sanitária, seja ela municipal, estadual ou federal, confirmando a idéia de que o bovino pode ser criado em determinado estado, mas abatido em outro, dadas as diferenças de preços, impostos, facilidade de transporte, etc.

Em seguida vem o estado do Mato Grosso do Sul, não obstante ser o principal rebanho brasileiro em termos de efetivo (Pesquisa da Pecuária Municipal, 2003). Em seguida estão os estados de Mato Grosso e Goiás.

No quarto trimestre do ano passado foram adquiridas 8,684 milhões de peças de couro no país, indicando aumento de 11,94% sobre o mesmo trimestre do ano anterior e queda de 5,09% sobre o terceiro trimestre de 2004.

Já no couro curtido foi registrado um volume de 8,732 milhões de peças. O aumento foi de 13,59% sobre o quarto trimestre de 2003 e queda de 3,75% sobre o terceiro trimestre de 2004.

Tomando por base o fechamento do ano de 2004, houve a aquisição de 35,053 milhões de unidades de couro, sendo 35,044 milhões de unidades obtidas no mercado nacional e 8,680 mil importadas (meses de abril e outubro, nos estados do Paraná e Roraima). O mês de agosto foi quando mais se adquiriu couro, 3,077 milhões de unidades. A principal origem do produto são os matadouros frigoríficos (54%), seguida de salgadores intermediários (15%).

Os principais estados que adquiriram couro em 2004 foram São Paulo (9,233 milhões), Rio Grande do Sul (5,074 milhões), Mato Grosso do Sul (3,815 milhões), Goiás (3,225 milhões) e Mato Grosso (3,147 milhões).

Fonte: IBGE, adaptado por Equipe BeefPoint

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  1. Miguel Barbar disse:

    Eu queria perguntar duas coisas:

    1)No 4o trimestre foram abatidos 6,682 milhões de bovinos e processados 8,732 milhões de peças de couro (30,68% a mais),

    2)No ano foram abatidos 26,01 milhões de bovinos e processados 35,053 milhões de couros (34,77 % a mais).

    Daonde vêm estes couros?