Mercados Futuros – 29/03/07
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2 de abril de 2007

IBGE: abates crescem 7,8% em 2006

No ano de 2006 foram abatidos 30,2 milhões de bovinos, um aumento de 7,8% sobre o número registrado no ano anterior, o 4º trimestre de 2006 foram abatidos 7,7 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 11,9% sobre o mesmo período de 2005, em relação ao 3º trimestre ocorreu queda de 3,3%.

No 4º trimestre de 2006 foram abatidos 7,7 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 11,9% sobre o mesmo período de 2005, e queda de 3,3% sobre o 3º trimestre de 2006. Neste período, 4º trimestre, todas as categorias de animais investigadas pela pesquisa, à exceção de novilhos, tiveram diminuição nos abates. Do total de animais abatidos no quarto trimestre de 2006, 50,9% correspondeu a categoria dos bois, 33,3% das vacas e 15,8%, a novilhos.

Quanto ao peso de carcaça, foram registradas 1,7 milhão de toneladas no 4º trimestre de 2006, indicando variação positiva de 13,7% sobre o 4º trimestre de 2005 e queda de 3,4% sobre o terceiro trimestre de 2006. Em relação ao abate de bois, foram registradas 1 milhão de toneladas, aumento de 19% sobre o 4º trimestre de 2005 e queda de 2,6% sobre o terceiro trimestre de 2006.

A distribuição regional dos abates se apresentou da seguinte maneira, na região nordeste se concentraram 9,8% do volume de animais abatidos no período. A região Sul foi responsável por 12,9% da produção, a Sudeste, 22,6%, a Norte 17,7% enquanto a Centro-Oeste colaborou com 36,9% dos abates. Esta distribuição é um reflexo do perfil de produção por região: a Nordeste, por exemplo, tem um grande número de pequenos estabelecimentos que sofrem, sobretudo inspeção municipal, enquanto que a Centro-Oeste caracteriza-se por estabelecimentos maiores, sob inspeção federal.

No ano de 2006 foram abatidos 30,2 milhões de bovinos, um aumento de 7,8% sobre o número registrado no ano anterior. Observa-se pelo gráfico a seguir que o abate de animais tem sido crescente de 2000 a 2006, crescendo entre este período cerca de 76,9%.

Gráfico 1. Abate de Bovinos de 2000 a 2006


O abate de bois teve aumento de 9,4%, vacas de 8,6% e novilhos 1,9%, considerando especificamente a comparação entre os anos de 2006 e de 2005. Por outro lado, os vitelos tiveram uma queda de 40% no volume de abate.

Se analisarmos a participação por categoria, 47,7% dos animais abatidos em 2006 eram bois, 36,9% eram vacas, e novilhos contribuíram com 15,3%. Em 2005 as participações eram de 47,%, 36,7% e 16,2%, respectivamente, bois, vacas e novilhos.

O gráfico seguinte mostra a distribuição do abate ao longo dos meses de 2006, sendo agosto o mês que registrou maior volume de abate.

Gráfico 2. Abate de bovinos nos meses de 2006


Couro

A aquisição de couro, no 4º trimestre de 2006, ficou em torno de 10,9 milhões de unidades, um aumento de 12,8% sobre o mesmo período de 2005 e recuo de 0,1% sobre o 3º trimestre de 2006. Quanto ao couro curtido ou industrializado no período as variações foram positivas em 14,5% sobre o 4º trimestre de 2005 e em 1,1% sobre o terceiro trimestre de 2006.

No ano de 2006 foram adquiridas 42,4 milhões de peças de couro bovino. Deste total 58,7% correspondia ao produto adquirido de matadouros frigoríficos e 13,5% originário de intermediários ou salgadores.

No gráfico abaixo tem-se a aquisição de couro no decorrer do ano de 2006, com destaque para o mês de agosto, que é o de maior abate de bovinos.

Gráfico 3. Aquisição de couro nos meses de 2006


Fonte: IBGE

0 Comments

  1. Nilton P. Barbosa disse:

    Seria muito interessante fazer um comparativo do abate de machos e fêmeas dos números de 2006 com o ano de 2000 por exemplo, também qual o percentual de abate de cada categoria em relação aos últimos seis anos. acredito que o abate de fêmeas vem crescendo à vários anos e quando comparamos apenas com o ano anterior não representa a real situação.

    Me parece também que os dados do IBGE se baseiam nos abates inspecionados pelo SIF, onde imagino devem morrer quase a totalidade dos machos e no caso dos abatedouros inspecionados pelos estados e municípios ocorre o contrário, ou seja, morrem muito mais fêmeas, haja visto pela diferença entre o número de abates e o total de couros adquiridos pelos curtumes.