Mercados Futuros – 19/12/07
19 de dezembro de 2007
Circuito Boi Verde premia vencedores
21 de dezembro de 2007

IBGE: no 3º trimestre de 2007, redução de 1,52% nos abates

A pesquisa Trimestral de Abate de Animais, realizada pelo IBGE, aponta abate de 7,6 milhões de cabeças no 3º trimestre de 2007. De acordo com os dados divulgados pelo instituto, apesar do acumulado de 2007 (janeiro a setembro) ter apresentado incremento de 3,34% em relação a 2006, no terceiro trimestre o abate total de bovinos teve redução de 1,52% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. Em relação a participação das diferentes categorias de bovinos no total de abates do terceiro trimestre, temos que bois representaram 55,27% do total de animais abatidos, seguido por vacas (31,08%), novilhos e novilhas (13,54%) e vitelos (0,10%).

A pesquisa Trimestral de Abate de Animais, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra redução no número de bovinos abatidos, no terceiro trimestre foram abatidas nos frigoríficos brasileiros, 7,6 milhões de cabeças. De acordo com os dados divulgados pelo instituto, apesar do acumulado de 2007 (janeiro a setembro) ter apresentado incremento de 3,34% em relação a 2006, no terceiro trimestre o abate total de bovinos teve redução de 1,52% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado foi 4,04% inferior.

Tabela 1. Abate total de bovinos


Gráfico 1. Abates totais por trimestre


Em relação a participação das diferentes categorias de bovinos no total de abates do terceiro trimestre, temos que bois representaram 55,27% do total de animais abatidos, seguido por vacas (31,08%), novilhos e novilhas (13,54%) e vitelos (0,10%).

De julho a setembro, a única categoria que apresentou crescimento no número de animais abatidos em relação ao segundo trimestre de 2007, foi a de bois com incremento de 12,92% e 4.210.405 de animais abatidos. Vacas tiveram redução de 17,53% (2.367.753 abates), para novilhos e novilhas o recuo no número de cabeças abatidas foi de 8,31% (1.031.605 abates) e os abates de vitelo (7.660 abates) foram 22,11% inferiores aos abates realizados no segundo trimestre desse ano.

Tabela 2. Quantidade de animais abatidos por mês


Em relação ao mesmo período do ano passado, no terceiro trimestre de 2007 o abate de bois cresceu 6,39%. E a participação dessa categoria no total abatido, passou de 49,86%, no terceiro trimestre de 2006, para 55,27%. Em contrapartida, o abate de fêmeas diminuiu, fechando o terceiro trimestre com 2.367.753 fêmeas abatidas, valor 14,73% inferior ao volume abatido no mesmo período do ano passado.

Como já era esperado, notamos que ocorreu um movimento maior de retenção de fêmeas, invertendo o quadro dos últimos anos onde o abate de matrizes vinha sendo bastante elevado. Segundo o IBGE, este foi um dos fatores responsáveis pela redução de 0,6% no rebanho de bovinos do país em 2006.

Gráfico 2. Participação de bois e vacas no abates total de bovinos (porcentagem)


Com valor 50,32% inferior ao terceiro trimestre de 2006, o Rio Grande do Sul foi o estado que registrou a maior variação negativa no número de animais abatidos. Foram abatidos 262.063 bovinos, nos frigoríficos gaúchos, durante julho, agosto e setembro. Desses, 29,36% corresponderam a bois, 27,06% a vacas e 43,59% a novilhos e novilhas.

Segundo o IBGE, esta redução é reflexo do grande volume de matrizes que foi abatido, nos últimos anos, provocando a falta de animais prontos para abate. No Rio Grande do Sul, o preço dos animais atingiu nível recorde, e com a falta animais para abate a indústria apresentou ociosidade de até 80%.

Gráfico 3. Abates de vacas no Rio Grande do Sul, desde 2002


Couro

Segundo a Pesquisa Trimestral do couro, divulgada no dia 19 de dezembro, pelo IBGE, no terceiro trimestre de 2007 foram adquiridas 10,9 milhões de peças de couro, admitindo na análise apenas os estabelecimentos que adquirem cinco mil ou mais unidades de couro inteiro de bovinos por ano.

Em relação ao segundo trimestre de 2007, houve aumento da aquisição em 1,6%. Esta variação positiva, em contraste à redução de bovinos abatidos, resultou em um aumento da diferença entre aquisição de couro e abate bovino de 38,3% no 2º trimestre de 2007 para 42,7% no período atual.

Já quando comparada com o 3º trimestre de 2006, houve queda de 1,7%. Do total de couros adquiridos pelos curtumes, 20,9% foram em São Paulo, seguido por Mato Grosso (13,3%).

André Camargo, Equipe BeefPoint, com dados do IBGE

Os comentários estão encerrados.