Dados do IBGE sobre abate de bovinos no Brasil, de janeiro de 2002 a junho 2007. Na seção Estatística, são publicados gráficos e tabelas elaborados pela Equipe BeefPoint com valores dos principais indicadores da pecuária de corte. Acreditamos que acompanhando e analisando esses dados é mais fácil entender de maneira abrangente o mercado do boi e os acontecimentos que influenciam a cadeia produtiva da carne bovina. Através dos gráficos publicados será possível observar a evolução dos preços do boi gordo e da reposição (indicador Esalq/BM&F), das exportações de carne, abates (IBGE e SIF), entre outros índices que mostram como anda a pecuária de corte nacional e o podemos esperar para o futuro.
Gráfico 1. Participação de cada categoria animal no volume total de bovinos abatidos no Brasil
0 Comments
Muito válido estas informações, pois nos dá base do que esta acontecendo no mercado de carne, nos dando informações para tomada de medidas dentro da nossa empresa.
Nota-se que o abate de fêmea, praticamente se igualou ao abate de machos.
Significa: Que o rebanho brasileiro, a primeira vista, está estável. Mas como nossos indices de nascimento de bezerros, são por volta de 60% (média nacional) e o índice de mortalidade supera os 7% até o desmame (índice nacional). Estes números indicam, uma forte retração do rebanho nacional.
O abate clandestino, não faz parte destes gráficos, sendo 90% de fêmeas, oque aumenta ainda a quantidade de matrizes abatidas.
Resumindo: O rebanho nacional brasileiro está reduzindo, com certeza abaixo dos 200 milhões pregado por pesquisas chutadas anteriormente.
Como o desfrute médio nacional é em torno de 20%, chegamos na conta de trás para frente, que nosso rebanho é em torno de 132 milhões de cabeças, cuidado,
prestem atenção, vejam que disparidade!
Notem quanta gente lucrou, contando papo de um rebanho de papel.
Muito boa esta estatistica. Nos mostra onde e como plantamos. A colheita é certa. Espero que a cadeia de suprimento bovino, como um todo, saiba o que estava fazendo quando reduz tão drasticamente o plantel de matrizes. Nós consumidores, seja do atacado ou varejo, não temos poder de compra para acompanhar o atual patamar dos preços. Iremos substituir produtos/habito de consumo.
Concordo em número, genero e grau com a análise do Paulo Ribeiro, aqui em MS, nossos leilões já demonstram os primeiros efeitos desta diminuição do rebanho com aumento de preços tanto para machos como fêmeas.
Estamos esperando os números do censo agropecuário, acredito que teremos muitas surpresas com o resultado.
Não concordo com o que o Sr. Jean Gonçalves escreveu. Primeiro, porque o setor frigorífico nadou de braçada nestes últimos dois anos, comprando boi a preço de frango.
Segundo, porque o que está havendo agora é tão somente a aplicação pratica da, talvez, mais importante lei da economia: Lei da Oferta e da Procura.
No final de 2005, havia muita oferta de boi gordo e pouca gente querendo comprar, dado o problema de aftosa, então o preço da @ caiu. Quando o preço cai, há um desestímulo para se produzir aquele bem, materializado no abate indiscriminado de matrizes, como vemos nos gráficos acima.
Só exemplificando, em meu sistema de manejo, crio, recrio e engordo. Mesmo mantendo a quantidade de matrizes inalterada, abati muita, mas muita vaca mesmo, todas compradas de ex-criadores, insatisfeitos com o resultado de sua atividade de cria.
Entretanto, esta diferença de preços não está ficando com o produtor. Basta ver como vem evoluindo os preços dos insumos de um ano pra cá. Segue alguns exemplos do aumento de custos de produção de minha propriedade:
– sal mineral: + 18%
– bezerro: + 32%
– adubo: + 31%
– vacina aftosa: + 10%
– salários: + 11%
– sementes: + 40%