Mercado Físico da Vaca – 19/11/09
19 de novembro de 2009
Mercados Futuros – 23/11/09
24 de novembro de 2009

IBGE: PPM aponta crescimento de 1,3% do rebanho

Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE), o efetivo de bovinos no ano de 2008 foi de 202,287 milhões de cabeças, primeiro resultado positivo depois de dois anos sucessivos de redução do rebanho (2006 e 2007) e quatro de redução do seu ritmo de crescimento (2004 a 2007). Comparando-se os anos de 2008 e 2007, houve crescimento de 1,3% do efetivo nacional, ou seja, um aumento de 2,535 milhões de cabeças.

Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE), o efetivo de bovinos no ano de 2008 foi de 202,287 milhões de cabeças, primeiro resultado positivo depois de dois anos sucessivos de redução do rebanho (2006 e 2007) e quatro de redução do seu ritmo de crescimento (2004 a 2007).

Comparando-se os anos de 2008 e 2007, houve crescimento de 1,3% do efetivo nacional, ou seja, um aumento de 2,535 milhões de cabeças. A região Centro-Oeste detinha 34,1% desse efetivo, tendo o Mato Grosso como o principal produtor (12,9%). Em 2008, o estado tinha 26.018.216 cabeças de gado contra 25.683.031 em 2007, o que aponta um crescimento de 1,3%. O município de Corumbá (MS) tinha o maior efetivo de bovinos do país com 1.935.896, em 2008, seguido por São Félix do Xingu (PA) com 1.812.870 e Ribas do Rio Pardo (MS) com 1.176.151.

Ao comparar os dados de 2008 com os de 2007, a maior taxa de variação do efetivo ocorreu na Região Sul, com aumento de 4,0%. Também apresentaram variação positiva as Regiões Norte (3,3%), Centro-Oeste (1,2%) e Nordeste (0,5%). Somente a Região Sudeste apresentou queda (-2,0%) no efetivo, sendo que São Paulo registrou a redução mais significativa (-5,1%).

De acordo com a análise feita pelo IBGE, em termos absolutos, o Pará apresentou um aumento de cerca de 886 mil cabeças entre 2008 e 2007, explicado pelo crescimento vegetativo do rebanho, após um ciclo de redução em função do abate de fêmeas em períodos recentes, além da instalação de três novas unidades frigoríficas no estado. Os aumentos dos rebanhos no Mato Grosso do Sul (533 mil cabeças) e no Mato Grosso (335 mil cabeças) decorreram de um crescimento natural dos efetivos já elevados. No Maranhão, o aumento de 206 mil cabeças ocorreu pela a expansão da atividade pecuária.

“Em São Paulo, a redução de cerca de 605 mil cabeças no rebanho bovino é explicada pela substituição de pastagens por canaviais com maior rentabilidade, e a diminuição de 285 mil cabeças na Bahia se deveu, em parte, à seca, que causou morte de animais e desestimulou a atividade”.

As informações são do IBGE, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Particularmente, apesar de acreditar que o Brasil tenha apresentado um crescimento do efetivo de bovinos em 2008, penso ser de pouca confiabilidade o número informado nesta pesquisa. Esta população de 202.287.000 tem uma grande discrepância com o resultado do Censo Agropecuário 2006 que apresenta um efetivo de 171.613.337 cabeças em 31 de dezembro de 2006. Se o dado atual estiver correto, tivemos um crescimento de aproximadamente 17,4% em 2007 ou, significa que o resultado do Censo divulgado recentemente, fracassou no objetivo.

    Eu, já percebera a enorme diferença estimada para a população bovina do RS, uma vez que a Divisão de Fiscalização e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual de Agricultura informou, após a coleta de dados da etapa de vacinação contra a febre aftosa em janeiro de 2007 informou 13.191.669 e o Censo para dezembro de 2006 obteve a existência de 11.184.248.

    A sensação que tenho, é que apesar de todos os avanços tecnológicos e de comunicação, vivenciamos ainda grandes deficiências nos levantamentos estatísticos realizados na produção pecuária brasileira. A coleta de dados é pulverizada por inúmeros setores que não estão conectados. Esta realidade é incompatível para um país que é lider na comercialização de carne bovina.

    Atenciosamente,
    Eng. Agr. José Luiz Martins Costa Kessler

  2. Julio M. Tatsch disse:

    Concordo de pleno com as avaliações do amigo e colega José Luiz M.C.Kessler
    Acrescento o agravante que ambos levantamentos, o censo e o PPM, vem assinados pelo mesmo órgão. Se fosse iniciativa privada, alguém teria que dar explicações.
    E lembrando que pior do que não ter dados, é ter dados incorretos, o que produzirá avaliações e tomadas de decisões incorretas.
    A questão é tão primária e lógica, que poderiamos perguntar: a quem interessaria estes dados incorretos ?
    Não é por acaso o sucesso dos USA, seus trabalhos são baseados em levantamentos e estatísticas, que por sua vez irão alimentar e produzir modelos. Ou seja, se orientam com dados reais e aprendem com os erros e acertos do passado. Tem memória, e a utilizam para gerar lucros, e aí tem sorte, como resumem alguns.
    Atenciosamente
    Eng. Agr. Julio M. Tatsch