O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou esta semana a Pesquisa Pecuária Municipal de 2006, que traz o levantamento dos dados de todos os 5.564 municípios do país. O total de bovinos apurado pela pesquisa foi de 205,9 milhões de cabeças. Frente ao volume registrado em 2005 (207,1 milhões) ocorreu uma redução de 0,6%. A maior concentração acontece na região centro-oeste do Brasil que detêm 34,26% do rebanho bovino do Brasil.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou esta semana a Pesquisa Pecuária Municipal de 2006, que traz o levantamento dos dados de todos os 5.564 municípios do país. O efetivo de bovinos teve queda de 0,6%, enquanto aves teve crescimento de 1,1%. O efetivo de suínos teve o maior crescimento, 3,3%. Os números, de uma maneira geral, refletem as características de mercado vividas por produtores, consumidores e o mercado externo.
O total de bovinos apurado pela pesquisa foi de 205,9 milhões de cabeças. Frente ao volume registrado em 2005 (207,1 milhões) ocorreu uma redução de 0,6%. Porém foram 0,67% superiores que os dados de 2004 (204,5 milhões de cabeças). Em relação a média das últimas cinco pesquisas (de 2000 a 2005), o aumento foi de 8,47%.
Tabela 1. Rebanho bovino (milhares de cabeças), de acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal, de 2000 a 2006
Tabela 2. Distribuição do rebanho nos estados brasileiros
Segundo o IBGE, a redução pode ser um indicativo de que houve deslocamento do rebanho para outras regiões e um abate de animais maior do que a reposição no período em análise.
Tabela 3. Comparação entre os resultados da Pesquisa Pecuária Municipal de 2005 e 2006
Foi registrado aumento de 0,7%, na comparação com 2005, na região Sudeste. No estado de Minas Gerais, foi onde ocorreu o maior aumento do rebanho, 3,7%, e em São Paulo, foi verificada a queda em termos de quantidade (-4,7%). Para os técnicos do IBGE, um dos fatores que podem explicar esse resultado é a concorrência de áreas de pastagens com a expansão da cultura da cana-de-açúcar, em detrimento das primeiras.
No Sul, o rebanho diminuiu em 2006 (-2,1%). E no Nordeste, que detêm 13,5% da participação do rebanho nacional o crescimento foi de 3,4% em 2006, na comparação com o ano anterior.
Em termos municipais, entre os dez principais produtores de bovinos, nove estão na Região Centro-Oeste, na primeira posição se encontra Corumbá/MS (1,99 milhão de cabeças), apontando aumento de 1,9% sobre o ano anterior.
Tabela 4. Municípios com o maior número de bovinos em 2006
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Qual a metodologia do IBGE para chegar a esses números? Se não me engano o último censo tem aproximadamente 10 anos, e o resultado de outro está por vir entre 2007 e 2008.
Pessoalmente, sou muito descrente quanto a essas estatísticas, que são bem díspares dos números de algumas consultorias nacionais, que apontam algo como 170-180 milhões de cabeças.
É estranho que logo em 2007, quando o número de abates foi inferior ao de 2006, o nosso rebanho venha cair pela primeira vez. Será que tivemos nessa última estação de monta um nível de fertilidade tão baixo assim que fosse incapaz de recompor os abates? Ainda mais considerando que, segundo essas mesmas estatísticas, nos últimos anos os abates cresceram bastante e o rebanho também.
Enfim, o meu ponto não é que nosso rebanho possivelmente não tenha caído esse ano, e sim que tenha caído não só neste ano como nos últimos também.
Algumas Observações a respeito da carta do Sr. Pedro Maia.
Primeiro, o rebanho não caiu em 2007, e sim em 2006 e divulgado pelo IBGE em 2007. A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulga os dados referentes ao ano anterior, e não tem ainda os dados de 2007.
Segundo, em 2007 (jan-ago), o abate CRESCEU 3,4% em relação ao mesmo período de 2006, ao contrário do que afirmou, segundo a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 3º trimestre, divulgado pelo IBGE no último dia 19.
A metodologia usada pelo IBGE consiste na consulta a agentes envolvidos na atividade pecuária – Associações de produtores, sindicatos, secretarias municipais e estaduais de agricultura, agentes de crédito rural, etc. – em todos os municípios, através da rede de 532 agências do instituto. No caso de bovinos, uma importante ferramenta para a consolidação dos dados é a informação prestada pelas entidades responsáveis pela vacinação contra febre aftosa, baseada em seus respectivos cadastros. A quantidade de animais existentes nestes cadastros, por município, é repassada ao IBGE e divulgada pela PPM. Não são usados modelos matemáticos de evolução de rebanho, como algumas consultorias fazem. Os dados da quantidade de animais referem-se aos existentes em 31 de dezembro do ano-referência da pesquisa, E NÃO ao rebanho médio do ano como em outras estimativas e outras fontes. Em resumo, a pesquisa não pergunta diretamente ao pecuarista qual o seu rebanho, como faz o censo agropecuário, obtendo informações indiretamente.
Hoje foram apresentados os dados PRELIMINARES do Censo Agropecuário 2006, que registram um efetivo de 169 milhões de cabeças. Faltam, porém, informações de cerca de 4.000 estabelecimentos, principalmente de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, que estão em fase de coleta descentralizada, quando o produtor mora em município ou estado diferente da fazenda. Estas informações certamente resultarão em um efetivo ainda maior, visto que são provenientes em sua maioria de grandes fazendas dedicadas à pecuária. Da mesma forma que a PPM, o censo usa o conceito de efetivo existente em 31 de dezembro de 2006.
Estes dados estão disponíveis ao público através do banco de dados SIDRA no site do IBGE.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/2006/default.shtm