As vendas de hiper e supermercados, alimentos e bebidas registraram, em fevereiro, a maior variação positiva desde setembro de 2007, representada por 3%, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado, segundo o coordenador de serviços e comércio do IBGE, Reinaldo Silva Pereira, é explicado pelo aumento da massa salarial do brasileiro.
As vendas de hiper e supermercados, alimentos e bebidas registraram, em fevereiro, a maior variação positiva desde setembro de 2007, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O setor teve alta de 3% na comparação com janeiro, próximo ao incremento de 3,1% verificado no final do terceiro trimestre de 2007.
O resultado, segundo o coordenador de serviços e comércio do IBGE, Reinaldo Silva Pereira, é explicado pelo aumento da massa salarial do brasileiro, e especificamente em janeiro, teve influência da antecipação do reajuste do salário mínimo, concedido no primeiro mês do ano.
No geral, as vendas do comércio cresceram 1,6% em relação ao mês anterior, segunda alta consecutiva nesta comparação. Ante igual mês do ano anterior, o volume de vendas subiu 12,3%, maior variação desde os 12,8% constatados em fevereiro de 2008. Pereira disse que esse desempenho pode indicar que as vendas no varejo estão retomando o patamar de crescimento no período pré-crise.
O economista ressaltou, porém, que deve-se levar em conta a fraca base de comparação com o ano passado. Pouco antes da crise, era comum as vendas apresentarem avanço de dois dígitos, sempre em relação a igual mês do ano anterior. Em fevereiro de 2009, as vendas haviam subido apenas 3,8% ante igual mês em 2008, impactadas pela turbulência econômica.
“O resultado de fevereiro reflete o nível de aquecimento da economia. Em relação ao mês anterior, há um crescimento consistente, com seguidas altas. Apenas em dezembro ocorreu uma variação negativa (-0,7%), que é vista como uma acomodação em meio a taxas crescentes”, comentou Pereira, que destacou o crescimento generalizado entre as atividades, no mês de fevereiro.
Quando se inclui as vendas do comércio varejista ampliado, que retratam o volume comercializado de automóveis e materiais de construção, apenas no varejo, surgem mais indícios do quadro favorável da economia.
A reportagem é de Cirilo Junior, para Folha Online, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.