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ICMS é maior para gado sair em pé de Minas Gerais

Minas Gerais aumentou os valores do ICMS (Imposto Sobre Circularção de Mercadorias) que incidem na saída do gado bovino para ser industrializado em outros estados. A medida visa a manter o rebanho em território mineiro, dentro do esforço de recuperar a indústria frigorífica local.

Apesar de contar com o segundo maior rebanho do País, 68% dos 4,1 milhões de cabeças atravessavam a fronteira em pé para serem abatidos, sobretudo, em São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

A Fazenda Estadual baixou portaria em novembro determinando o acréscimo de R$ 15,38% na arroba do boi macho, que passou de R$ 52 para R$ 60, e de 25% na arroba da fêmea (R$ 44 para R$ 55). A nova tabela é válida apenas para as operações interestaduais.

A medida já desagrada produtores como Renato Cavalini, responsável pelo braço agropecuário do grupo canadense Brascan. “O produtor acabou sendo punido pelo fato de Minas não ter um bom parque industrial para o processamento da carne. De novo, o lado mais fraco é que vai pagar o pato pela falta de investimento”, protestou.

Odelmo Leão, secretário estadual de Agricultura, considerou que a portaria equiparará a pauta de Minas à praticada pelos estados fronteiriços. “Trazer o produto mais para próximo da indústria reduz custos, como o de transporte. No final, tanto o produtor quanto a indústria ganharão”.

Fonte: Estaminas/Superávit, adaptado por Equipe BeefPoint

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