O índice de preços recebidos pelos agricultores paulistas subiu 1,58% em maio, a maior alta mensal observada desde agosto de 2003, de acordo com pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA). Os preços agrícolas mantiveram a tendência de alta devido às novas previsões da safra de grãos, à expressiva queda de oferta, às altas dos preços nos mercados internacionais, ao crescimento das exportações e ao efeito do inverno em alguns produtos.
Dos 19 produtos pesquisados, dez apresentaram aumento no preço (café, cana-de-açúcar, cebola, tomate, trigo, aves, boi (1,69%), leite, ovos e suínos). No segmento animal o crescimento em todos os produtos gerou variação positiva de 4,13% nos preços do grupo.
Nos últimos 12 meses, 14 produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais sete com altas superiores a 20% e outros sete com taxa menor que 20%.
2004
Em 2004, a variação acumulada do IPR foi negativa em 0,46%, em comparação com a variação positiva de 5,33% do IGP-M e de 1,76% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica que continuou, no período, a perda do poder de troca dos agricultores, de 5,79 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 2,22 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.
Últimos 12 meses
A variação mensal anualizada, em maio, indica recuo contínuo do IPR desde meados de 2003 até que, a partir de setembro, ficou inferior ao IGP-M, entrando em 2004 com valores negativos e somente neste mês mostrando uma leve recuperação. Com a continuidade da recuperação em maio, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 1,42%, em comparação com 7,04% do IGP-M e 4,38% (estimado) do IPC-Fipe.
Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam perda de 5,62 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 2,96 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe, perda esta muito inferior à observada no acumulado do mês de abril.
Fonte: IEA, adaptado por Equipe BeefPoint