O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) deixou uma alta de 1,09% em fevereiro e marcou 0,63% no terceiro mês de 2010, com a redução no ritmo de expansão nos preços no atacado. O dado consta de pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentada nesta quinta-feira. O custo da cesta básica subiu, em março, em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) deixou uma alta de 1,09% em fevereiro e marcou 0,63% no terceiro mês de 2010, com a redução no ritmo de expansão nos preços no atacado. O dado consta de pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentada nesta quinta-feira.
O último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), trazia a expectativa dos agentes de um IGP-DI de 0,80% em março. No primeiro trimestre deste ano, o indicador subiu 2,76%. Em 12 meses, o avanço ficou em 2,26%.
Com peso de 60% no IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou elevação de 0,52% em março, depois de acréscimo de 1,38% um mês antes. Os produtos agropecuários aumentaram 2,33%, mas os bens industriais cederam 0,05%. Em fevereiro, ambas taxas foram positivas, em 1,46% e 1,35%, respectivamente.
Os custos mais elevados dos alimentos tiveram impacto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral. Segundo a FGV, o IPC subiu de 0,68% em fevereiro para 0,86% em março. Em razão do encarecimento das hortaliças e legumes, dos laticínios e das carnes bovinas, o grupo Alimentação abandonou um acréscimo de 1,16% no segundo mês deste ano para 2,60% na pesquisa seguinte. O IGP-DI de março foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1 e 31 do mês de referência.
Cesta básica
O custo da cesta básica subiu, em março, em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado foi influenciado pelo aumento no preço do tomate, do leite e do açúcar. Os avanços mais expressivos no mês passado ocorreram nas cidades de São Paulo (10,49%), Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9%). Já as menores variações ocorreram em Natal (2,91%), Fortaleza (3,13%), Manaus (3,31%) e Vitória (3,33%).
O economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa do Dieese, disse que o resultado da pesquisa, embora preocupante, não surpreende. Segundo ele, os produtores já esperavam uma pressão por conta das chuvas frequentes. “O clima, sem dúvida, atrapalhou e afetou a produção”, justificou o economista.
Ele projeta novas pressões no preço da cesta básica nos meses seguintes se este ano repetir o clima do ano passado no período de estiagem, que tradicionalmente vem com a chegada do inverno. “A tendência é piorar com as possíveis geadas e a continuidade das chuvas.”
Somente Goiânia (-1,10%) apresentou queda no preço da cesta básica na comparação com março de 2009. As elevações mais significativas em relação ao mesmo período do ano passado foram registradas em Recife (15,12%), São Paulo (14,35%) e João Pessoa (12,35%). A cesta básica mais cara, no entanto, continua sendo a de Porto Alegre (R$ 257,07). São Paulo vem logo em seguida (R$ 253,74). O terceiro maior custo está no Rio de Janeiro (R$ 240,22). Os menores foram em Aracaju (R$ 181,70) e Fortaleza (R$ 182,43).
As informações são do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.