O preço da vaca ficou mais próximo ao do boi, tendo a diferença entre eles passado de 10,35% em 2013 para 7,71% em 2014. O abate total de 2014 fechou 8,5% menor que o de 2013, ou seja, 500 mil cabeças a menos foram encaminhadas aos frigoríficos de Mato Grosso.
A diminuição no abate de fêmeas foi o que mais influenciou este quadro, tendo em vista que 300 mil vacas deixaram de compor a escala de abate dos frigoríficos do Estado. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda elevou os preços de toda a cadeia. Para se ter uma ideia, os preços da arroba do boi e da vaca se valorizaram muito, com destaque para a da vaca, que aumentou 35,9% entre jan/14 e dez/14, 2,6 pontos percentuais a mais que a do boi.
Com o início de mais um ciclo de retenção de matrizes, esta diferença tende a permanecer ou até mesmo diminuir, ou seja, é hora de aproveitar e selecionar as melhores matrizes, descartando as que não emprenharem nesta estação de monta.
• Depois das festas de fim de ano, o boi gordo e a vaca gorda registraram 0,24% e 0,69% de aumento em relação ao último levantamento de dezembro/14, respectivamente.
• A escala de abate teve queda drástica de 2,55 dias em relação ao último levantamento de dezembro de 2014.
• O abate de fêmeas no mês de dezembro apresentou elevação de 20,25% em relação ao mês de novembro, enquanto o de machos caiu 1,30%.
• O preço do bezerro de ano apresentou valorização de 2%, fechando a semana em R$ 1.149,71/cab., confirmando a tendência de valorização.
O último mês de 2014 se caracterizou por um leve aumento na quantidade de fêmeas abatidas, passando de 156,6 mil para 188,3 mil cabeças entre novembro e dezembro/14, uma alta de 20,2%. Dessa forma, a proporção de fêmeas encaminhadas aos frigoríficos em 2014 ficou em 44,62%, enquanto em 2013 elas representavam 45,78% do total abatido no Estado.
Essa menor quantia, dentre outros motivos, foi consequência da expressiva valorização da reposição. O bezerro de ano, por exemplo, custou R$ 823,23/cab. em jan/14, e R$ 1.124,23/cab. em dez/14, uma valorização de 36,57%. Essa valorização estimulou a retenção de matrizes por parte dos produtores.
Historicamente, no primeiro semestre do ano tem-se uma quantidade maior de fêmeas encaminhadas à linha de abate do que no restante do ano, porém, com o preço do bezerro nos atuais patamares, esse quadro pode não se concretizar neste primeiro semestre tendo em vista o atual cenário. Resta observar como se comportará o mercado neste início de ano.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Imea.