Longo prazo: O Imea divulgou recentemente as projeções para o agronegócio em Mato Grosso até 2025. Em relação à produção de carne, o aumento pode ser de 46,1% em relação a 2014, chegando a 1,9 milhão de toneladas de carcaça em 2025. Já o rebanho abatido pode chegar a 7,4 milhões de cabeças, sendo um aumento de 33,9% no mesmo período. Claramente, o peso médio de abate dos animais no futuro tende a aumentar. O mesmo estudo aponta que o peso médio de abate, considerando machos e fêmeas, poderá chegar a 17,5 @ em 2025, ou seja, um incremento de 9,1% em relação aos dados fechados de 2014. Há um consenso de que a área de pastagem no futuro tende a diminuir, dando lugar à agricultura, e que o abate de animais jovens, que já é uma realidade, deva continuar. Nesse sentido, a saída é melhorar cada vez mais o desempenho dos animais no campo e a boa atuação dos produtores e técnicos será essencial para alcançar este objetivo.
– Os preços das arrobas do boi gordo e da vaca gorda se mantiveram relativamente estáveis ao longo da semana, desvalorização de 0,17% e valorização de 0,10%, respectivamente.
– Para o contrato futuro com vencimento em Jan/16, houve valorização de 0,17%, fechando a semana a R$ 147,45/@.
– O diferencial de base SP – MT apresentou queda de 0,35 p.p fechando a semana com média de 13,87%
– O preço do bezerro registrou valorização ao longo da última semana de 0,58%, chegando ao valor médio de R$ 1.290,00/cab.
RETENÇÃO: o abate de bovinos em nov/15 foi o terceiro maior de 2015. De acordo com os dados do Indea, o abate total de bovinos foi de 406,3 mil cabeças. Apesar de ter aumentado apenas 0,95% em relação a out/15, este foi o terceiro mês consecutivo em que se verificou avanço no abate de animais. Curiosamente, ao se analisar os dados estratificados por sexo, percebe-se que este foi o segundo menor abate de fêmeas do ano (122,3 mil) e o maior abate de machos (284,0 mil). Isso mostra que, apesar de o abate ter ficado acima da média do ano nestes últimos meses, este resultado é sustentado pelo abate de machos, tendo em vista a forte retenção de matrizes. Sendo assim, caso o preço do bezerro continue valorizado, essa retenção tende a continuar. Além disso, com mais fêmeas na estação de monta dos últimos anos, a maior oferta de bezerros pode favorecer a rentabilidade da cria, que esteve em maus lençóis no passado próximo.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).