Mercados Futuros – 12/12/07
12 de dezembro de 2007
Preços médios da carne bovina in natura exportada pelo Brasil
14 de dezembro de 2007

Importância da UE nas exportações brasileiras de carne

O BeefPoint realizou um levantamento da importância das exportações brasileiras de carne bovina a União Européia, em relação ao total exportado pelo Brasil. No acumulado de janeiro a outubro de 2007, a UE comprou 21,6% do volume e 31,9% do faturamento total, incluindo carne resfriada (in natura), processada e miúdos. Acompanhe na tabela a importância da UE no total das exportações brasileiras. Importante notar que a UE é o bloco de países que paga o mais alto valor pela carne brasileira.

O BeefPoint realizou um levantamento da importância das exportações brasileiras de carne bovina a União Européia, em relação ao total exportado pelo Brasil. No acumulado de janeiro a outubro de 2007, a UE comprou 21,6% do volume e 31,9% do faturamento total, incluindo carne resfriada (in natura), processada e miúdos.

Acompanhe na tabela abaixo a importância da UE no total das exportações brasileiras. Importante notar que a UE é o bloco de países que paga o mais alto valor pela carne brasileira, por comprar cortes do traseiro, de maior valor, como filé-mignom, contra-filé e alcatra.


Equipe BeefPoint, com informações da ABIEC e Secex

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Claro que o fechamento do mercado europeu para o Brasil vai causar uma grande pressão da parte dos frigoríficos contra nós pecuaristas. Mas não podemos ceder, até porque

    1) A oferta de boi é muito escassa, no momento.

    2) O mercado interno é comprador forte nesta época de festas e férias.

    3) A carne vai continuar sendo exportada via criativas operações triangulares, pelas quais a Europa vai receber carne da Índia, Egito, África do Sul etc. Toda ela Made in Brazil, of course. E todos vão fingir que não sabem de nada.

    Sorte destes países que eles não se puseram de joelhos, tolamente, perante o senhor europeu. Assim vão faturar uma boa grana nas costas dos “inventivos” brasileiros.

  2. Julio M. Tatsch disse:

    Um lembrete, a carne processada, ou seja, industrializada destinada a UE não necessita ser rastreada.

    Nos últimos cálculos que fiz o montante de carne in natura (que necessita rastreamento) representava em torno de 17% do volume total exportado. E a exportação total representa 27% da produção, este dado foi citado pelo Sr. Pratini de Moraes ( Abiec).

    Cito isto, pois não faltaram defensores da rastreabilidade pretendendo estabelcer relação direta desta com o total exportado para a UE.

    Reforçando os comentários do Sr. Humberto, a mídia tem noticiado que os consumidores europeus já estão se acostumando com a idéia de pagar 30% a mais pela carne.

    Logo existe um forte teatro em suas ditas medidas versus sua necessidade de adquirir a carne brasileira.

    Julio Tatsch – Agropecuarista em Caçapava do Sul -RS.

  3. daniel andrade diniz disse:

    Isso vai acabar, o produtor esta em dificuldades e a carne é produzida pelo produtor. Sem uma política estável não vai ter carne no futuro. O custo da carne é caro, as indústrias só vem a carne não o custo para a produção da matéria prima.

  4. Hans Nagel disse:

    Caros amigos da Beefpoint.

    Achei esta tabela muito interessante.

    Analisando bem, se chega a conclusão que os três maiores importadores tambem são os maiores atravessadores. Os que mais gritam para defamar a qualidade do nosso produto.

    Pois bem é so contratar a Eurogap para tocar a rastreabilidade sem onus para nós produtores e garantir um preço justo que remunere o produtor, possibilitando investimentos na propriedade e uma qualidade de vida razoável.Com o preçco de 70 reais por aroba, mal se cobre os custos.

    Se a nossa industria de carnes fatura alto com as peças nobres, nada de beneficios alcança o produtor.

    Em quanto isso vamos produzir menos e esperar que o segmento como um todo chegue a conclusão que a politica requer uma atualização. Simplificar e deixar viver o parceiro é a soluçâo e o único caminho para continuarmos produzir.

    Cordialmente
    Hans Nagel

  5. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Complementando o Julio Tatsch, para quem não ouviu ainda, a gravação completa da audiência pública na Câmara Federal no último dia 13 pode ser encontrada em

    http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/Resultado.asp?txtCodigo=00011351

    Transcrevo aqui parte dos comentários do dep. Ronaldo Caiado

    “… Não vamos deixar nada debaixo do tapete. Custe o que custar. Vamos lancetar o tumor, vamos oxigenar, vamos criar um clima de assepsia, porque o que está montado é uma farsa. O sistema é uma farsa. O sistema é uma fraude. Essa é a realidade. Vejam os senhores. Vejam bem. E aí nós vamos ter que interrogar duramente o Ministério da Agricultura. Qual é a função do Ministério da Agricultura? Tem que ser duramente interrogada aqui. Vejam bem. Dados oficiais.

    O consumo interno… o brasileiro consome 6,507 milhões de toneladas de equivalente-carcaça por ano. Os brasileiros. Nós exportamos 2,1 milhões de toneladas de equivalente-carcaça por ano. A União Européia importa 528 mil toneladas de equivalente-carcaça por ano. Menos de 10% do que nós consumimos internamente. Mas desses 528 mil, 208 mil são industrializadas. Então não precisam de rastreabilidade. É carne cozida. In natura (eles importam) 328 mil toneladas. Isso significa… o que é que a União Européia importa? Apenas 3,6% da produção nacional. Agora, me disse o dr. Nelmon (chefe do DIPOA, n.t.), os outros países também promovem importação se nós estivermos cumprindo as mesmas regras da União Européia. História da carochinha, doutor. Vou contar a V. Exa., sabemos muito bem a verdade. Rastreabilidade não garante controle sanitário…”