Entra hoje em operação, no Porto de Antonina (PR), o que já é considerado o mais moderno terminal frigorificado da América Latina, com capacidade para estocar mais de 5 mil pallets. A pretensão da empresa Terminais Portuários da Ponta do Félix é transformar o local na maior plataforma de exportação de carne congelada do Brasil, com um movimento anual estimado em 250 mil toneladas.
A empresa, criada pelos fundos de pensão Previ, Fundação Copel, Fundação Sanepar, Fundação Banestado, Regius e Portus, opera o terminal desde maio de 2000, quando arrematou a concessão junto ao governo do Paraná. Desde então, investiu US$ 80 milhões na unidade.
Somente o terminal frigorificado recebeu investimentos de US$ 16 milhões. Seu armazém vertical, com 30 metros de altura, opera com um guindaste de pallets automatizado. Toda a operação é comandada por softwares, desde o transporte dos containeres até o embarque nos navios. Segundo o diretor-presidente Cláudio Daudt, o diferencial é a possibilidade de operar em qualquer situação climática.
O Terminal da Ponta do Félix já era responsável por 15% dos navios frigorificados que operam no País. A partir de hoje, o movimento deve subir para até 90%, segundo previsão de Daudt. Para isto, a empresa aplicou US$ 6 milhões na dragagem do canal, que está sendo concluída para aumentar o calado dos navios de 7,5 metros para 10 metros.
O projeto e a execução do terminal ficaram a cargo da SSI-Schaefer-Noell, formada depois que a alemã SSI-Schafer adquiriu a Noell do Brasil. A idéia é reduzir em 50% o tempo médio de carregamento de navios em relação aos demais portos brasileiros.
Fonte: Valor Online (por Miriam Karam), adaptado por Equipe BeefPoint