Os seis maiores desmatadores na Lista dos 100 Maiores Desmatadores do País divulgada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta segunda-feira, 29, são assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Mato Grosso. Juntos eles desmataram 220 mil hectares. Outras duas áreas, também de assentamentos do Incra, aparecem em 40º e 44º lugares.
Os seis maiores desmatadores na Lista dos 100 Maiores Desmatadores do País divulgada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta segunda-feira, 29, são assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Mato Grosso. Juntos eles desmataram 220 mil hectares. Outras duas áreas, também de assentamentos do Incra, aparecem em 40º e 44º lugares.
Segundo informações do Estado Online, o Estado do Mato Grosso continua sendo o maior desmatador do País, com 49 dos maiores devastadores do Brasil derrubando 357 mil hectares dos 520 mil hectares derrubados em 4 anos por todos os listados. Ao todo, o Ibama aplicou multas de R$ 265.592.000,00 no Incra por “desmatar e danificar” áreas da Floresta Amazônica.
O presidente do Incra, Rolf Hackbart, disse que vai recorrer das multas por desmate: “Estamos recorrendo de todas as multas, elas são indevidas”.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o principal argumento do Incra é que o corte de árvores nos assentamentos é anterior à criação dos projetos de reforma agrária. Os assentamentos multados foram criados no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). E, até 2001, imóveis localizados no bioma amazônia ainda podiam desmatar até metade da área e não apenas 20%, como foi definido já na reta final do governo FHC. “Até agora não obtivemos do Ibama uma informação precisa sobre quando ocorreu o desmatamento. Todos os imóveis rurais que o Incra obteve para a reforma agrária estavam degradados, isso é coisa antiga.”
O Estado Online divulgou também que, segundo o estudo, de 100 acusados de devastação apenas dez vão a julgamento e um é condenado. O ministro afirmou, entretanto, que pretende não apenas denunciar os suspeitos, mas garantir a punição dos criminosos. “Nós criamos uma força-tarefa com a Advocacia Geral da União, a AGU, e o Ministério Público Federal para levar esse grupo para o banco dos réus para pegar uma prisão pesada, de preferência plantando muitas árvores até o resto da vida, para pagar pelos crimes ambientais que cometeram”.
O desmatamento da Amazônia mais que dobrou em agosto na comparação com o mês anterior, somando 756 quilômetros quadrados, área maior que o território de Cingapura, por exemplo, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta segunda-feira, 29. No acumulado de 2008, a área de floresta perdida soma 5.681 quilômetros quadrados, de acordo com o instituto.
As informações são do Estado Online e do jornal Folha de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.