Ontem (16) o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) coletou amostras de sangue de 271 ovelhas pertencentes à chácara localizada no Distrito Industrial, onde foram abatidos na sexta-feira passada (12), carneiros e cabritos das raças Santa Inês e Anglo-nubiano, procedentes de Limoeiro (CE) e que entraram clandestinamente no estado.
De acordo com o presidente do Indea, Ênio Arruda, o objetivo é saber se os animais que vieram do Ceará tiveram contato com as ovelhas da chácara. Se ficar confirmado, as ovelhas que estão na chácara também poderão ser sacrificadas.
Para o exame sorológico estão sendo coletadas amostras de cada um dos animais (271), que serão encaminhadas para laboratório em Recife ou Belém. O preço por exame é de cerca de R$ 15,00. O resultado do exame deve sair dentro de 15 dias.
Na sexta-feira, cerca de 175 animais, que pertenciam aos irmãos Moisés e Geremias Maia de Andrade, foram abatidos. Eles garantiram que todos foram vacinados contra aftosa e que o transporte foi feito acobertado por Guia de Transporte de Animais (GTA).
No entanto, Arruda afirma que o abate não tinha como ser evitado. Pois mesmo com a confirmação da vacinação, os animais vieram de um Estado de risco desconhecido, sem calendário de vacinação montado, sem estrutura e sem estudos epidemiológicos.
Arruda informou também que ainda na segunda-feira (15) encaminhou à Justiça as informações e as razões sanitárias para o abate dos animais. O pedido foi feito pelo juiz da Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, José Silvério Gomes.
Fonte: Diário de Cuiabá (por Joanice de Deus), adaptado por Equipe BeefPoint