Pela primeira vez em Mato Grosso foi realizado o “Curso Internacional de Doenças Exóticas e Emergências Zoossanitárias”, no último final de semana, no Centro de Treinamento do Indea (MT). O curso de nove dias, com aulas teóricas e simuladas, reuniu 38 médicos veterinários. O evento simulou um foco de aftosa e os participantes reunidos em grupos foram treinados para saber como resolver o problema.
Dos 38 participantes, apenas 20 dos 106 veterinários do Indea fizeram o curso. Vieram também nove veterinários da Bolívia e outros de estados como Tocantins, Rondônia e Sergipe, representando três circuitos agropecuários. O custo elevado – cerca de R$ 1 mil por participante, e a extensão das aulas – não permitiram uma turma maior. O governo estadual pagou pelo curso que foi ministrado pelo epidemiólogo Tito Lívio, do Rio de Janeiro, e mais três professores, inclusive um do Equador.
A primeira fase do curso foi de atendimento virtual ao foco de aftosa, quando os alunos simularam a incidência em outros países, obrigando-os a pesquisar e consultar mapas. A segunda fase das aulas desenvolveu-se em propriedades nas cidades de Santo Antonio do Leverger, Cuiabá e Várzea Grande.
No caso de foco, o Indea deve agir rapidamente. De acordo com a médica veterinária coordenadora do Controle de Doenças dos Animais e coordenadora do curso, Rísia Lopes Negreiros, nas primeiras 24 horas o Indea deve rastrear a propriedade e saber de onde vêm e para onde foram os animais nos últimos 10 dias. Em 48 horas, o foco deve estar gerenciado e em 72 horas deve estar erradicado. Ainda de acordo com Rísia, um dos maiores entraves na erradicação do foco da aftosa é quanto à dificuldade dos pecuaristas em contar de onde veio ou para onde foram os animais doentes.
Fonte: Diário de Cuiabá (por Márcia Marafon), adaptado por Equipe BeefPoint